NIETZSCHE E O á¼Î³ÏŽ εἰμι: O DUPLO CARÁTER DA ÉTICA AFIRMATIVA DE JESUS
DOI:
https://doi.org/10.26512/2358-82842017e17693Palavras-chave:
Ética, afirmação, Jesus, prática, Nietzsche.Resumo
A expressão “Eu sou” reúne em si toda a dimensão de afirmação de si mesmo. Esta afirmação, ao mesmo tempo em que diz tudo de si, também reserva grande parte do que poderia falar ao âmbito do mistério, do não dito, do por dizer, mas que não diz para que não venha a se esvaziar. Tal é a intenção do evangelista João por ocasião da redação de seu Evangelho ”“ Reafirmar toda aquela densidade de liberdade e ação típica do Judaísmo, quando o próprio Deus de Israel fala de si apenas que É Aquele que é. Dizer que é, por um lado, revela um caráter metafísico, e, por outro, um caráter existencial, ou seja, que não se pode enquadrar em apenas uma categoria, mas é aberta ao todo. Pergunta-se: diante destes dois caracteres, como Nietzsche valoriza a dimensão de afirmação ética, que se depreende da prática de Jesus?
Downloads
Referências
BIBLIA HEBRAICA. Stuttgart: Priv. Württ. Bibelanstalt, 1937.
BIBLIA DO PEREGRINO. São Paulo: Paulus, 2002.
COPLESTON, Frederick. Friedrich Nietzsche: philosopher of culture. London: Burns, Oates & Washbourne, 1979.
DOSTOIEVSKI, Fiódor. O idiota. São Paulo: Editorial 34, 2002.
FIGL, Johann. Nietzsche und die Religionen: trankulturelle perspectiven seines bildungs- und Denkweges. Berlim, Walter de Gruyter, 2007.
GIACÓIA JÚNIOR, Oswaldo. Nietzsche. São Paulo: Publifolha, 2000.
HEGEL, G. W. F. Der Geist des Christentums und sein Schicksal (1798/1800): Der Geist des Judentums, Der Geist des Christentums. In: HEGEL, G. W. F. Frühe Schriften. Frankfurt: Suhrkamp Taschenbuch, 1994. Werk 1, p. 317-418. (Suhrkamp Taschenbuch Wissenschaft, 601).
JANZ, Curt Paul. Friedrich Nietzsche. Biographie. München: Carl Hansen Verlag, 1978. Bd. 4.
_____. Friedrich Nietzsche. Uma biografia. Vozes: Petrópolis, 2016. Vol. II.
KAUFMANN, Walter. Nietzsche, philosopher, psychologist, antichrist. Princeton: Princeton University Press, 1968.
KÜNG, Hans. Ser cristão. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
LANDA, Ishay. The overman in the marketplace: Nietschean horoism in popular culture. Lanham: Lexington Books, 2009.
MARTON. Scarlett. In: Dicionário Nietszche. Coleção Sendas e Veredas. São Paulo: Edições Loyola, 2016.
MOREL, G. Nietzsche: Introduction à une première lecture. Paris: Aubier, 1985.
NIETZSCHE, F. W. Der Antichrist. In: COLLI, von Giorgio; MONTINARI, Mazzino (Herausgegeben). Kritische Studienausgabe. Berlin: Verlag de Gruyter, 1969. Bd. 6.
______. Nachgelassene fragmente: herbst 1887 bis märz 1888. In: COLLI, von Giorgio; MONTINARI, Mazzino (Herausgegeben). Achte Abteilung. Berlin: Walter de Gruyter, 1970. Bd. 2.
______. Briefe an Friedrich Nietzsche: januar 1880 ”“ dezenber 1884. In: COLLI, von Giorgio; MONTINARI, Mazzino (Harausgegeben). Dritte Abteilung. Berlin: Walter de Gruyter, 1981. Bd. 2.
______. F. W. O anticristo, maldição do cristianismo e Ditirambos de Dionísio. Companhia das Letras: São Paulo, 2007.
NOVUM TESTAMENTUM. Graece et Latine. Romae: Sumplibus Pontificii Instituti Biblici, 1964.
OTTAVIANI, Edélcio. Práxis de Jesus e praxis de libertação à luz do anticristo de Nietzsche. Revista Filosófica, Porto Alegre, v. 19, n. 24, p. 79-109, 2007.
PLANT, Raymond. Hegel. Bloomington: Indiana University Press, 1973.
REMPEL, Morgan. Nietzsche, psychohistory and the birth of christianity. Westpont: Greenwood Press, 1964.
SLOTERDIJK, Peter. O quinto “Evangelho” de Nietzsche. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2004.
SOLOMON, Robert; SCHOCKEN, Kathleen M. Higgins. What Nietzsche really said? New York: Books, 2000.
STEGMAIER, Werner. Nietzsche como destino da filosofia e da humanidade? Interpretação contextual do § 1 do capítulo “Por que sou um destino”, de Ecce Homo. In: Trans/Form/Ação, Marília, v.33, n.2, p.241-278, 2010.
THE NEW Oxford annoted Bible: new revised standard version with the Apocrypha. New York: Oxford University Press, 2001.
VALADIER, Paul. Nietzsche et la critique du christianisme. Paris: Du Cerf, 1974.
_____. Dionysus versus the crucified. In: ALLISON, David (Ed.). The new Nietzsche. Cambridge: The MIT Press, 1985.
WAKE, Peter. Tragedy in Hegel's early theological writings. Bloomington: Indiana University Press, 2014. (Indiana Series in the Philosophy of Religion). Disponível em: <http://www.iupress.indiana.edu/product_info.php?products_id=807191>. 20 ago. 2014.