Comunicação e reflexividade
Mots-clés :
Instituições de comunicação. Comunicação. Mídias. Análise do discurso.Résumé
Este ensaio aborda o conceito de reflexividade aplicado ao estudo empírico dos conteúdos veiculados em revistas semanais de maior alcance nacional, no sentido de identificar os mecanismos que o dinamizam. Preocupa-se com o modo como as instituições de comunicação delimitam sua especificidade discursiva. A observação da ação discursiva destas instituições, tais como emissoras de televisão, rádios, jornais e revistas expõe mecanismos e procedimentos que revelam sua dinâmica argumentativa no espaço público comunicativo. Há um consenso no pensamento sociológico contemporâneo sobre a importância das instituições de comunicação para a experiência e a formação de opiniões e comportamentos dos indivíduos nas sociedades atuais. Reflexões sobre processos de globalização, de rupturas da nacionalidade, de configuração de estilos de vida e de transformações nas configurações de posição e ação dos sujeitos sociais reconhecem sempre a presença interventora das instituições de comunicação. A análise demonstra que a autocompreensão, a racionalização da experiência, a tematização de riscos e focos de insegurança ontológica da vida em sociedades complexas, são os procedimentos destas publicações. O presente contingente e o futuro incerto são enquadrados numa teia explicativa cuja finalidade é a de reduzir e controlar elementos que possam vir a ameaçar o senso de domínio sobre a rotina da vida cotidiana. Estas publicações realizam um exercício público de atualização dos indivíduos sobre temáticas que demandam permanentemente novas racionalizações porque nunca são esgotados os esclarecimentos sobre suas manifestações, desafios e riscos.
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(c) Tous droits réservés Revista de Biblioteconomia de Brasília 2001
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