Existe a necessidade de cuidados paliativos para idosas na Atenção Primária à Saúde?
DOI :
https://doi.org/10.26512/rbb.v16.2020.33921Mots-clés :
Cuidados paliativos, Cuidado domiciliar, Promoção da saúde, Cuidado familiar, Qualidade de vidaRésumé
Objetivo: Verificar a elegibilidade de mulheres idosas que recebem cuidados domiciliares na Atenção Primária em Saúde para serem assistidas em cuidados paliativos (CP). Método: Estudo transversal desenvolvido no Município de Maringá, Paraná, com 423 mulheres idosas. Resultados: Verificou-se predomínio de mulheres com idade superior a 75 anos, com pouco suporte social e diagnóstico de doenças crônicas. A Palliative Care Screening Tool indicou que 70% das idosas são elegíveis para receberem CP, 25% necessitam de avaliação clínica complementar e apenas 5% não são elegíveis. Além disso, a maioria apresentou capacidade funcional alterada com comprometimento da mobilidade e autonomia, variando desde a redução da deambulação, até aquelas totalmente acamadas.
Conclusão: A maioria das mulheres idosas deste estudo são elegíveis para CP, evidenciando a importância das políticas públicas e protocolos em atenção primária abordar este assunto, visando a melhoria da qualidade de vida desta população.
Téléchargements
Références
Alves LC; Leite I da C; Machado CJ. Fatores associados à incapacidade funcional dos idosos no Brasil: análise multinível. Revista de Saúde Pública 2010; 44(3): 468-478. Acessível em: https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000009
Amblàs-Novellas J; Murray SA; Espaulella J; Martori JC; Oller R; Martinez-Muñoz M et al. Identifying patients with advanced chronic conditions for a progressive palliative care approach: a cross-sectional study of prognostic indicators related to end-of-life trajectories. BMJ Open 2016; 6(9): e012340.
Babcock M; Gould Kuntz J; Kowalsky D; Calitri N; Kenny AM. The Palliative Performance Scale Predicts Three- and Six-Month Survival in Older Adult Patients Admitted to the Hospital through the Emergency Department. Journal of Palliative Medicine 2016; 19(10):1087-1091. Acessível em: https://doi.org/10.1089/jpm.2016.0011
Baruel Okumura PC; Okumura LM; Reis WCT; Godoy RR; Cata-Preta B de O; de Souza TT; Fávero MLD; Correr CJ. Comparing medication adherence tools scores and number of controlled diseases among low literacy patients discharged from a Brazilian cardiology ward. International Journal of Clinical Pharmacy 2016; 38(6):1362-1366. Acessível em: https://doi.org/10.1007/s11096-016-0390-6
Beirne, C., Delahay, R., & Young, A. Sex differences in senescence: the role of intra-sexual competition in early adulthood. Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences 2015; 282(1811): 20151086. Acessível em: https://doi.org/10.1098/rspb.2015.1086
Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, & Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamenteo das Doenças Crônias Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022 (2011); In Série B. Textos Básicos de Saúde.
Campos ACV; Ferreira EF; Vargas AMD; Albala C. Aging, Gender and Quality of Life (AGEQOL) study: factors associated with good quality of life in older Brazilian community-dwelling adults. Health and Quality of Life Outcomes 2014; 12(1):166. Acessível em: https://doi.org/10.1186/s12955-014-0166-4
Cavalcanti CL. Envelhecimento e obesidade: Um grande desafio no século XXI. Revista Brasileira de Ciências Da Saúde 2010; 14(2): 87–92. Acessível em: https://doi.org/10.4034/RBCS.2010.14.02.12
Connor SR; Sepulveda Bermedo MC (Eds.). Global Atlas of Palliative Care at the End of Life. World Health Organization, 2014. Acessível em: http://www.who.int/cancer/publications/palliative-care-atlas/en/
de Oliveira SES; Hohendorff J; Von Müller JL; Bandeira DR; Koller SH; Fleck MP de A; Trentini CM. Associations between self-perceived quality of life and socio-demographic, psychosocial, and health variables in a group of elderly. Cadernos de Saúde Pública 2013; 29(7): 1437–1448. Acessível em: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2013000700017
Durante A; Rodigheri A; Rockenbach CWF; Pimentel GL; Leguisamo CP; Calegari L. Treinamento muscular inspiratório melhora a força muscular respiratória e o pico de fluxo expiratório em idosas hipertensas. ConScientiae Saúde 2014; 13(3). Acessível em: https://doi.org/10.5585/conssaude.v13n3.4703
Eisele M; Kaduszkiewicz H; Konig HH; Lange C; Wiese B; Prokein J at al. Determinants of health-related quality of life in older primary care patients: results of the longitudinal observational AgeCoDe Study. British Journal of General Practice 2015; 65(640): e716-e723. Acessível em: https://doi.org/10.3399/bjgp15X687337
Fiss T; Dreier A; Meinke C; Van Den Berg N; Ritter CA; Hoffmann W. Frequency of inappropriate drugs in primary care: analysis of a sample of immobile patients who received periodic home visits. Age and Ageing 2011; 40(1): 66-73. Acessível em: https://doi.org/10.1093/ageing/afq106
Fratezi FR; Gutierrez BAO. Cuidador familiar do idoso em cuidados paliativos: o processo de morrer no domicílio. Ciência & Saúde Coletiva 2011; 16(7): 3241-3248. Acessível em: https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000800023
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tábuas Completas de Mortalidade. Brasília: IBGE. 2015.
Jessup RL; Osborne RH; Beauchamp A; Bourne A; Buchbinder R. Health literacy of recently hospitalised patients: a cross-sectional survey using the Health Literacy Questionnaire (HLQ). BMC Health Services Research 2017 17(1): 52. Acessível em: https://doi.org/10.1186/s12913-016-1973-6
Jopp DS; Boerner K; Ribeiro O; Rott C. Life at Age 100: An International Research Agenda for Centenarian Studies. Journal of Aging & Social Policy 2016; 28(3): 133-147. Acessível em: https://doi.org/10.1080/08959420.2016.1161693
Kogan M; Cheng S; Rao S; DeMocker S; Koroma Nelson M. Integrative Medicine for Geriatric and Palliative Care. Medical Clinics of North America 2017; 101(5): 1005-1029. Acessível em: https://doi.org/10.1016/j.mcna.2017.04.013
Lavras C. Atenção primária à saúde e a organização de redes regionais de atenção à saúde no Brasil. Saúde e Sociedade 2011; 20(4): 867-874. Acessível em: https://doi.org/10.1590/S0104-12902011000400005
Lucchetti G; Neto AMB; Ramos SAC; Faria L de FC; Granero AL; Pires SL; Gorzoni ML. Uso de uma escala de triagem para cuidados paliativos nos idosos de uma instituição de longa permanência. Geriatria e Gerontologia 2009; 3(3): 104 -108.
Luizaga CT de M; Gotlieb SL. D. Mortalidade masculina em três capitais brasileiras, 1979 a 2007. Revista Brasileira de Epidemiologia 2013; 16(1): 87–99. Acessível em: https://doi.org/10.1590/S1415-790X2013000100009
Maklakov AA; Lummaa V. Evolution of sex differences in lifespan and aging: Causes and constraints. BioEssays 2013; 35(8): 717-724. Acessível em: https://doi.org/10.1002/bies.201300021
Maron L C; Guzzo P C; Grando T. Grupos de saúde na atenção básica: experiências de enfermeiras residentes. Revista Contexto & Saúde 2014; 14(27): 81-86. Acessível em: https://doi.org/10.21527/2176-7114.2014.27.81-96
Monteiro D da R; Kruse MHL; Almeida M de A. Avaliação do instrumento Edmonton Symptom Assessment System em cuidados paliativos: revisão integrativa. Revista Gaúcha de Enfermagem 2010; 31(4): 785-793. Acessível em: https://doi.org/10.1590/S1983-14472010000400024
Moreira TM; Parreira BDM; Diniz MA; da Silva SR. Conhecimento das mulheres idosas sobre doenças sexualmente transmissíveis, conhecimento, uso e acesso aos métodos preventivos. Revista Eletrônica de Enfermagem 2012; 14(4): 803-810.
Reis Silva Paulo; Conterato Gomes I; Ribeiro Santos V; Destro Christofaro DG; Castellano SM; Fortes Freitas Júnior I. Atividade física e estado nutricional: fator de proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) em idosas? Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde 2014; 27(4): 527–532. Acessível em: https://doi.org/10.5020/18061230.2014.p527
Renovato RD; Bagnato MHS. Idosos hipertensos na atenção básica em saúde: discursos e identidades. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia 2012; 15(3): 423–431. Acessível em: https://doi.org/10.1590/S1809-98232012000300004
Silvestre JA; da Costa Neto MM. Abordagem do idoso em programas de saúde da família. Cadernos de Saúde Pública 2003; 19(3): 839–847. Acessível em: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2003000300016
Souza NMG; HonoratoSMA; Xavier ATda F; Pereira FGF; de Ataide MBC. Visão do mundo, cuidado cultural e conceito ambiental: o cuidado do idoso com diabetes Mellitus. Revista Gaúcha de Enfermagem 2012; 33(1): 139-146. Acessível em: https://doi.org/10.1590/S1983-14472012000100019
Tribess S; Virtuoso Jr JS; Petroski EL. Atividade Física e Aspectos Sociodemográficos de Mulheres Idosas. Revista Baiana de Saúde Pública 2009; 33(3): 336-348. Acessível em: https://doi.org/10.5020/18061230.2017.p86
Turra CM; Renteria E; Guimarães R; The Effect of Changes in Educational Composition on Adult Female Mortality in Brazil. Research on Aging 2016; 38(3): 283–298. Acessível em: https://doi.org/10.1177/0164027515620245
Van Oyen H; Nusselder W; Jagger C; Kolip P; Cambois E; Robine JM. Gender differences in healthy life years within the EU: an exploration of the “health–survival” paradox. International Journal of Public Health 2013; 58(1): 143–155. Acessível em: https://doi.org/10.1007/s00038-012-0361-1
Vianna LG; Vianna C; Bezerra AJC. Relação médico-paciente idoso: desafios e perspectivas. Revista Brasileira de Educação Médica 2010; 34(1): 150–159. Acessível em: https://doi.org/10.1590/S0100-55022010000100018
Wachs LS; Nunes BP; Soares MU; Facchini L A; Thumé E. Prevalência da assistência domiciliar prestada à população idosa brasileira e fatores associados. Cadernos de Saúde Pública 2016; 32(3). Acessível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00048515
World Health Organization. World health statistics 2016 - monitoring health for the SDGs Genebra: World Health Organization, 2016.
World Health Organization (WHO). Innovative Care for Chronic Conditions. Genebra: World Health Organization, 2016.
Yang, Y. C; Boen C; Gerken K; Li T; Schorpp K; Harris KM. Social relationships and physiological determinants of longevity across the human life span. Proceedings of the National Academy of Sciences 2016; 113(3): 578-583. Acessível em: https://doi.org/10.1073/pnas.1511085112
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Revista Brasileira de Bioética 2021
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.
