Ensino de bioética no ensino médio ”“ reflexões e desafios para a formação de professores de ciências e biologia
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbb.v6i1-4.7846Palabras clave:
Bioética de proteção. Ensino de ciências e biologia. Educação e doutrinação. Relativismo e universalismo.Resumen
Os avanços da ciência e da tecnologia e as notáveis transformações sociais resultantes destas conquistas são visíveis. O impacto dessas transformações tem sido objeto de debate pelo seu potencial de danos e benefícios, como também pelas suas implicações éticas e sociais. Discute-se hoje, a importância de se antecipar o ensino de bioética para a educação básica, pois, nota-se que a educação em ciências não tem produzido bons resultados no que se refere a uma preparação dos educandos para a tomada de decisões. Assim, se coloca a importância de se investigar a formação inicial de professores. O presente estudo, parte integrante de um projeto de doutorado já finalizado, teve como foco a formação inicial de professores de ciências e biologia. O objetivo foi analisar, sob a ótica destes, as implicações do seu papel na formação ético-moral dos estudantes, na identificação das dificuldades apresentadas pelos mesmos, assim como na organização do ensino que valorize o exercício de tomada de decisão. A bioética numa perspectiva de proteção e a psicologia do desenvolvimento moral se constituíram um dos referenciais teóricos. Na análise foram identificados fatores que inviabilizariam a inserção da dimensão (bio)ética no ensino de ciências e biologia, considerados como desafios a serem ultrapassados. Nesta discussão, a diferença entre educação e doutrinação e entre relativismo e universalismo foram aspectos analisados.
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