Neurociência, livre-arbítrio e a possibilidade da discussão bioética
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbb.v14iedsup.26679Palabras clave:
Livre-arbítrio. Neurociência. Bioética. Filosofia da Ação.Resumen
Durante o transcorrer do século XX e o começo do século XXI, a Bioética se fortaleceu e se consolidou como importante instrumento de análise de questões consideradas cruciais. Trata-se de um campo interdisciplinar que tangencia as Ciências, a Filosofia, o Direito, entre outras áreas. Tornouse elemento inescapável de discussões acerca de temas ligados ao ser humano, em sua interação com seus semelhantes e com o meio ambiente. A possibilidade de discussão acerca da Ética e da Bioética pressupõe, contudo, que este ser humano seja um sujeito dotado de autonomia e de capacidade de escolha. A própria caracterização do desrespeito aos Direitos Humanos depende da existência de um agente autônomo e responsável por seus atos. A crença na possibilidade dessa liberdade de ação é a regra para a maioria das pessoas. Alguns avanços da Neurociência, entretanto, parecem desafiar a noção comum de que o sujeito pode escolher, de modo consciente e livre, acerca de como e quando agir.
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