Inapropriabilidade da Terra como solo e o Governo da Natureza como algo comum, bases para uma Bioética Ambiental

Autores

  • José Roque Junges Universidade do Vale do Rio dos Sinos

DOI:

https://doi.org/10.26512/rbb.v13i0.7602

Palavras-chave:

ecologia, meio ambiente, recursos naturais, apropriação, governança, bem comum.

Resumo

O artigo parte de uma perspectiva ecocêntrica, que não reduz a natureza a um estoque de recursos, mas a compreende como o ambiente de reprodução das condições para a vida. Essa visão é o ponto de partida da proposta da economia ecológica que defende que o mercado não consegue atribuir valor aos bens da natureza, porque os trata de uma maneira fragmentada, quando eles estão numa teia de interdependência
ecológica que não é possível valorizar mercadologicamente. Essa visão ecocentrada da natureza como conjunto de serviços de sobrevivência da vida exige duas premissas: uma jurídica da inapropriabilidade da terra como solo e uma política do governo da natureza como algo comum. Essas premissas são a condição para verdadeiramente tornar possível uma gestão ecológica da crise ambiental.

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Biografia do Autor

José Roque Junges, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

 (UNISINOS), São Leopoldo, RS, Brasil.

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Como Citar

Junges, J. R. (2017). Inapropriabilidade da Terra como solo e o Governo da Natureza como algo comum, bases para uma Bioética Ambiental. Revista Brasileira De Bioética, 13, 1–12. https://doi.org/10.26512/rbb.v13i0.7602

Edição

Seção

Artigos Originais