Zoópolis: A política e os animais no espaço público
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbb.v14iedsup.26844Palavras-chave:
Zoópolis. Animaetica. Agencia. Animais. Relação humano-animal.Resumo
O objetivo desse trabalho é trazer à tona a discussão da relação humano-animal destacada na geografia anglo-saxã a partir dos anos 1990, com uma outra interpretação do espaço com ênfase na agência dos não-humanos nas políticas públicas do Paraná com foco inicial na cidade de Londrina. Nesse cenário apresentam-se dois grandes momentos no que refere a relação dos animais e a cidade. Primeiramente há um afastamento, uma cisão, excluindo os animais das cidades em sua gênese na modernidade. Outra abordagem apresenta uma aproximação com animais e sua antropomorfização. Neste sentido a construção de uma identidade burguesa, de uma nova aristocracia vitoriana vem sendo reproduzida socialmente até os dias de hoje, abrindo espaço para os Pets na sociedade contemporânea. Nosso questionamento é no papel que os animais desempenham nesse cenário. A adoção da agência dos animais, isto é, apontar os animais como outro ator social capaz de modificar as suas relações traz a lume o questionamento do antropocentrismo dos estudos e políticas relacionadas aos não-humanos. Jennifer Wolch (1996) apresenta a tantos desafios como oportunidades para aqueles comprometidos com o eco socialismo, feminismo e antirracismo no futuro urbano em sua teoria da Zoópolis.
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Referências
APROBATO FILHO, Nelson. O couro e o aço: sob a mira do moderno -. 2007. Tese (Doutorado em História Social) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
DONALDSON, Sue; KYMLICKA, Will. Zoopolis: A political theory of animal rights. Oxford University Press, 2011.
WOLCH, Jennifer. Zoöpolis∗. Capitalism nature socialism, v. 7, n. 2, p. 21-47, 1996.