Discurso da pessoa vulnerada pós-avc: possibilidades bioéticas
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbb.v14iedsup.26452Palavras-chave:
Acidente vascular cerebral. Idoso. Vulnerabilidade. Bioética.Resumo
Para Pessini ser vulnerável é ser frágil, ser suscetível de ser ferido e sofrer. Esta fragilidade é uma condição natural da humanidade, um “aspecto inevitável e permanente da nossa condição humana”. A vulnerabilidade surge de nossa condição humana, a partir da possibilidade do corpo humano ser ferido e da inevitabilidade da fragilidade da velhice e da morte. Por outro lado, a vulnerabilidade corporal liga-se a natureza social da vida humana. Como seres sociais, somos vulneráveis à s ações dos outros e dependentes do cuidado e apoio dos outros, em graus diversos e em vários momentos de nossas vidas. As pessoas precisam, em maior ou menor grau, e em diferentes estágios da vida, do cuidado alheio, o que as torna intrinsecamente vulneráveis. Estar em uma situação de vulneração leva a uma dependência mútua do cuidador e do ser que recebe os cuidados, instituído assim, além de responsabilidades, também elementos de reciprocidade, solidariedade, confiança e cooperação. O processo de vulnerabilidade é uma situação inerente ao ciclo da vida humana. Refletindo com base na bioética todos os seres vulnerados necessitam de proteção e os idosos diante de uma doença crônica como AVC ficam na dependência de cuidados alheios, pois suas condições de autocuidado e de autonomia são limitados ou praticamente ausentes. De fato, o AVC tem um grande potencial para gerar déficit no funcionamento físico, sensorial e cognitivo, com impacto no dia-a-dia e desempenho do indivíduo no que diz respeito à s atividades de vida diária.
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Referências
PESSINI, L. Elementos para uma bioética global: solidariedade, vulnerabilidade e precaução. Thaumazein: Revista Online de Filosofia, Santa Maria, Ano VII, v. 10, n. 19, p. 75-85, 2017.