Bioética no cuidado e atenção do nascido interssexo: necessidade de revisão na prática clínica

Autores

  • D. C. A. Freitas Universidade Federal do Paraná
  • M. A. Guimarães Universidade de São Paulo
  • C. L. Carezzato Universidade de São Paulo
  • C. T.M. Mendo Universidade de São Paulo
  • S. B. Garcia Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.26512/rbb.v14iedsup.26325

Palavras-chave:

Interssexo. Mutilação genital. Autodeterminação de gênero. Autonomia. Bioética.

Resumo

A revista de Nature relata que o percentual de pessoas intersexuais é de 1%, proporção similar àquela de pessoas com os cabelos ruivos, um número muito significativo de pessoas. Esse termo é usado para uma variedade de condições nas quais uma pessoa nasce com uma anatomia reprodutiva ou sexual que não parece se encaixar nas definições típicas de mulher ou homem. Na década de 1950, uma equipe de especialistas médicos da Universidade Johns Hopkins desenvolveu o que veio a ser chamado de sistema de “sexo ótimo para criação” para o tratamento de crianças com interssexo. A idéia consistia que em casos de intersexuais a designação de gênero fosse resolvida cedo, para que as crianças crescessem e se tornassem “bons” meninas e meninos (dentro do padrão heterocisnormativo). Sob a liderança teórica do psicólogo John Money, a equipe de Hopkins acreditava que o gênero seria tutelado pela criação e poderia transformar qualquer criança em uma menina ou menino “real” se fizesse com que seus corpos parecessem corretos (antes dos 18 meses de idade), fazendo com que eles e seus pais acreditassem na atribuição de gênero.

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Biografia do Autor

D. C. A. Freitas, Universidade Federal do Paraná


Programa de Desenvolvimento Territorial Sustentável na linha de pesquisa de Políticas Publicas - Universidade Federal do Paraná - Setor Litoral.

M. A. Guimarães, Universidade de São Paulo


Departamento de Patologia e Medicina Legal da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo.

C. L. Carezzato, Universidade de São Paulo


Centro de Medicina Legal (CEMEL) ”“ Departamento de Patologia e Medicina Legal da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto”“ FMRP-Universidade de São Paulo.

C. T.M. Mendo, Universidade de São Paulo


Departamento de Patologia e Medicina Legal da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo. Curso de Medicina da Universidade do Mato Grosso - UNEMAT.

S. B. Garcia, Universidade de São Paulo


Departamento de Patologia e Medicina Legal da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo.

Referências

C. Ainsworth. Nature, 518, 288”“291 (2015).

Intersex Society of North America - ISNA. http://www.isna.org/bibliographies.

M.A. Guimarães (2018). Pereira Filho, A., Marques Filho, J. ”“ Bioética: Dilemas e Diálogos Contemporâneos. ISBN 978-85-89656-32-0.

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Publicado

2019-04-12

Como Citar

Freitas, D. C. A., Guimarães, M. A., Carezzato, C. L., Mendo, C. T., & Garcia, S. B. (2019). Bioética no cuidado e atenção do nascido interssexo: necessidade de revisão na prática clínica. Revista Brasileira De Bioética, 14(edsup), 148. https://doi.org/10.26512/rbb.v14iedsup.26325

Edição

Seção

Suplemento