AUDITORY HALLUCINATION: SYMPTOM OF ILLNESS OR POSSIBILITY OF BEING OF THE BEING?
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v6i12.11763Keywords:
Hallucination. Mental Disease. Hearing voices. Phenomenon. To be.Abstract
Auditory hallucination is a phenomenon thematized by Western man since antiquity. Currently, it is considered a symptom of mental illness, through the biomedical horizon. This notion has contributed to the increase not only of diagnoses, but also of medicalization and suffering. Considering this question, the objective of this study is to problematize the traditional biomedical approach, through the contribution of thinkers and philosophers of different historical periods. In antiquity, the Greeks heard the δαίμονες (daímones), which intermediated the communication between the gods and the men. The medievals understood the voices as demonic possession, witchcraft, heresy, or holiness. In Modernity the phenomenon received a pathological meaning, which restricted possibilities of being. One has to think about the fundamental question of philosophy as a condition of the possibility of opening the meaning of the phenomenon.Â
Downloads
References
AGOSTINHO. Confissões. Digitação de Lúcia Maria Csernik, 2007. Disponível em: https://sumateologica.wordpress.com/. Acesso em: 15 de jun. de 2017.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. 992p.
ARISTÓTELES. Parva Naturalia. Tradução, textos adicionais e notas de Edson Bini. 1 ed. São Paulo: EDIPRO, 2012. 192p.
AZIZE, Rogério Lopes. O cérebro como órgão pessoal: uma antropologia de discursos neurocientíficos. Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, 2010. pp.563-574, nov.
BAKER, Paul. The voice inside: a practical guide for and about people who hear voices. Port of Ness: P&P Press, 2009. 90p.
BERRIOS, German Elias. Disorders of perception. In G.E. Berrios. The history of mental symptoms: descriptive psychopathology since the nineteenth century. Cambridge: Cambridge University Press, 1996. p.35-70.
CASANOVA, Marco Antônio. Eternidade frágil: ensaio de temporalidade na arte. Rio de Janeiro: Via Vérita, 2013. 432p.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2000. 440p.
CÍCERO. De natura deorum. In: Cicero in twenty-eight volumes, De natura Deorum, Academica. Translated by H. Rackhan. London: Harvard University Press, 1967. Disponível em: https://ryanfb.github.io/loebolus-data/L268.pdf. Acesso em: 02 de fev. de 2016.
CORSTENS, Dirk; LONGDEN, Eleanor. The origins of voices: links between life history and voice hearing in a survey of 100 cases. Psychosis, v.5, n.3, 2013. pp.270-285.
DESCARTES, René. Discurso do método. Tradução de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 102p.
ECHAVARRÍA, Martín Federico. Las enfermedades mentales según Tomás de Aquino [I]. Sobre el concepto de enfermedad. Scripta Mediaevalia, Mendoza, n.1, 2008. pp. 91-115.
EDWARD, Henry. The daemon of Socrates. London: Longmans, Green, and Co., 1872. Disponível em: https://archive.org/. Acesso em: 09 de ago. de 2017.
ELKIS, Hélio. A evolução do conceito de esquizofrenia neste século. Rev Bras Psiquiatr, São Paulo, v. 22, s. I, 2000. pp. 23-26, mai.
ESQUINSANI, Rosimar Serena Siqueira; DAMETTO, Jarbas. Questões de gênero e a experiência da loucura na Antiguidade e na Idade Média. Estud. Sociol., Araraquara, v.17, n.32, 2012. pp. 205-222.
FEIJOO, Ana Maria Lopez Calvo. Apresentação. In: Feijoo, A.M.L.C. & Lessa, M.B.M.F. Psicopatologia: fenomenologia, literatura e hermenêutica. Rio de Janeiro: IFEN, 2016. p.7-18.
FEINBERG, Irwin. Hallucinations, Dreaming and REM Sleep. In: Wolfram, K. Origin and Mechanisms of Hallucinations. New York: Springer, 1970. p.125-132.
FERNANDES, Marcos Aurélio. Da contemporaneidade da filosofia. Texto de referência da disciplina de Filosofia Contemporânea, do curso de graduação em Filosofia, da Universidade de Brasília, 2017. Disponível em: http://www.profmarcosfernandes.com.br/. Acesso em: 10 de ago. de 2017.
FOGEL, Gilvan. O homem doente do homem e a transfiguração da dor: uma leitura de Da visão e do enigma em Assim falava Zaratustra, de Frederico Nietzsche. Rio de Janeiro: Mauad X, 2010. 172p.
FOUCAULT, Michel. História da loucura. São Paulo: Perspectiva, 1991. 608p.
_____________________. Microfísica do poder. São Paulo: Edições Graal, 2010. 295p.
_____________________. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 39 ed. Petrópolis: Vozes, 2011. 288p.
FREITAG, Bárbara. Habermas e a teoria da Modernidade. Cad. CRH, Salvador, n. 22, 1995. pp. 138-163, jan/jun.
HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Enciclopedia de las ciencias filosóficas em compendio. Madrid: Alianza Editorial, 2005. 630p.
HEIDEGGER, Martin. O fim da filosofia e a tarefa do pensamento. In: HEIDEGGER, Martin. Conferências e escritos filosóficos. São Paulo: Nova Cultural, 1999a. p.95-108.
HEIDEGGER, Martin. Posfácio (1943). In: HEIDEGGER, Martin. Conferências e escritos filosóficos. São Paulo: Nova Cultural, 1999b. p.65-73.
___________________. Que é isto ”A filosofia"? In: HEIDEGGER, Martin. Conferências e escritos filosóficos. São Paulo: Nova Cultural, 1999c. p.27-40.
___________________. Seminários de Zollikon. Editado por Medard Boss. Tradução de Gabriela Arnhold e Maria de Fátima de Almeida Prado. Petrópolis: Vozes, 2001. 312p.
___________________. Ensaios e conferências. Tradução de Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel, Márcia Sá Cavalcante Schuback. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 2002. 269p.
___________________. Carta sobre o humanismo. Tradução de Rubens Eduardo Frias. São Paulo: Centauro, 2005. 89p.
___________________. A questão da técnica. [1953: Die Frage nach der Technik]. Tradução de Marco Aurélio Werne. Scientiae Zudia, São Paulo, v. 5, n. 3, 2007, pp. 375-398.
______. Ser e tempo. Tradução revisada e apresentação de Márcia Sá Cavalcante Schuback. 7 ed. Petrópolis: Vozes, 2012. 559p.
HENRY, Michel. Genealogia da psicanálise: o começo perdido. Tradução e notas de Rodrigo Vieira Marques. Curitiba: Editora UFPR, 2009. 368p.
HESÍODO. (2012). Os trabalhos e os dias. Edição, tradução, introdução e notas de Alessandro Rolim de Moura. Curitiba: Segesta. 152p.
HOMERO. Ilíada. Tradução de Manoel Odorico Mendes. Revisado e digitalizado por Sálvio Nienkötter, 2009. Disponível em: https://iliadadeodorico.wordpress.com/. Acesso em: 05 de jul. de 2017.
HUIZINGA, Johan. The waning of the middle ages. London & Tonbridge: The Whitefriars Press Ltd, 1922. 352p.
KIERKEGAARD, Sören Aabye. O conceito de ironia. Tradução de Álvaro Luiz Montenegro Valls. Petrópolis: Editora Vozes, 1991. 283p.
KRAMER, Heinrich; SPRENGER, James. The Malleus Maleficarum. Translated with introductions, bibliography and notes by Ver. Montague Summers. Ney York: Dover Publications Inc., 1971. 278p.
KRAPF, Eduardo. Tomás de Aquino y la psicopatología. Temas de historia de la Psiquiatría Argentina, Buenos Aires, v.11, 2011. pp. 1-4.
LE GOFF, Jacques. Para uma outra Idade Média: tempo, trabalho e cultura no Ocidente. Petrópolis: Vozes, 2013. 536p.
LEWIS, Charlton Thomas; SHORT, Charles. A New Latin Dictionary. New York: Harper & Brothers Publishers, 1891. Disponível em: https://archive.org. Acesso em: 02 de fev. de 2016.
LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1999. 319p.
LOUZÃ NETO, Mário Rodrigues; ELKIS, Hélio. 2. ed.Porto Alegre: Artmed, 2007. 588p.
MARTINS, Francisco. Psicopathologia II: Semiologia Clínica: Investigação Teórico Clínica das Síndromes Psicopatológicas Clássicas. Brasília: Universidade de Brasília, 2003. 396p.
O´BRIEN, John Anthony. The Truth About The Inquisition. Causes, Methods and Results. New York: The Paulist Press, 1950. 64p.
PAIM, Isaías. História da psicopatologia. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1993. 167p.
PESSOTI, Isaías. A loucura e as épocas. São Paulo: Editora 34, 1994. 208p.
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Tradução de Maria Lacerda Moura. São Paulo: Ediouro, 2002. 138p.
_________. Fédon. Texto grego de John Burnet. Tradução de Carlos Alberto Nunes. 3. ed. Belém: Editora UFPA, 2011. 215p.
_________. O Banquete. Edição bilíngue. Tradução, posfácio e notas de José Cavalcante de Souza. 1 ed. São Paulo: Editora 34, 2016. 253p.
RAMIZ GALVÃO, Benjamin Franklin. Vocabulário etimológico, ortográfico e prosódico das palavras portuguesas derivadas da língua grega. Rio de Janeiro/Belo Horizonte, Livraria Garnier, 1994. 608p.
ROMME, Marius. Metaphors and emotions. In: Romme, M.; Escher, S.; Dillon, J.; Corstens, D.; Morris, M. Living with voices: 50 stories of recovery. Birmingham City University: PCCS Books, 2009. p.63-72.
SANTO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. Tradução de Alexandre Correia, 1936. Disponível em: http://alexandriacatolica.blogspot.com.br. Acesso em: 12 de mar. de 2017.
SARBIN, Theodore Roy; JUHASZ, Joseph. The historical background of the concept of hallucination. Journal of the history of the behavioral sciences, n. 5, 1967. pp. 339-358, oct.
SMITH, Daniel. Muses, madmen, and prophets: hearing voices and the borders of sanity. New York: Penguin Books, 2008. 254p.
SPINELLI, Miguel. O Daimónion de Sócrates. Revista Hypnos, São Paulo, n. 16, 2006. pp. 32-61, 1º sem.
TERESA DE ÁVILA. The interior castle or The mansions. London: Thomas Baker, 1921. (Obra original publicada em 1577). Disponível em: http://www.documenta-catholica.eu. Acesso em: 23 de jan. de 2017.
VERNANT, Jean-Pierre.; VIDAL-NAQUET, Pierre. O momento histórico da tragédia na Grécia: algumas condições sociais e psicológicas. In: ______. Mito e tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Editora Perspectiva, 2011. p.1-5.
WOLKMER, Antônio Carlos. O pensamento político medieval: Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino. Revista Crítica Jurídica, Cidade do México,v. 19, 2001. pp. 15-31, jul/dez.
ZANELLO, Valeska; MARTINS, Francisco. O reencontro da clínica com a metáfora. Psicologia em Estudo, Maringá, v.15, n.1, 2010. pp.189-196.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2018 Pólemos

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Todos os trabalhos que forem aceitos para publicação, após o devido processo avaliativo, serão publicados sob uma licença Creative Commons, na modalidade Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License (CC BY-NC-ND 4.0). Esta licença permite que qualquer pessoa copie e distribua a obra total e derivadas criadas a partir dela, desde que seja dado crédito (atribuição) ao autor / Ã autora / aos autores / às autoras.