FILOSOFIA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL SOB O PRISMA DO COLONIALISMO DIGITAL

entrevista com Deivison Faustino

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/pl.v13i30.57913

Palavras-chave:

Filosofia da Inteligência Artificial. Colonialismo Digital. Deivison Faustino.

Resumo

No atual estágio de desenvolvimento da chamada era informacional, tanto as bases objetivas e subjetivas que concebíamos até então, estão em xeque. Presenciamos o momento em que postos de trabalho estão sendo fechados e substituídos por máquinas, ao passo que ainda registramos trabalho escravo em várias partes do mundo. Por outro lado, encurtamos as distâncias físicas num cyberespaço em que todo o bem comum humano parece estar ao alcance das mãos, ao mesmo tempo que vemos cada vez mais o crescimento de discursos intolerantes e totalizantes. Analisar o novo fenômeno da inteligência artificial é estar disposto a abrir a caixa de pandora que revela um velho conhecido: o colonialismo. O progresso se alia com o atraso e o que temos é esse amontoado de ruínas que não somos mais capazes de distinguir. Estamos correndo como nunca, sendo explorados como sempre; como resultado, explodem os sofrimentos psíquicos na mesma medida em que medicamentos e outras drogas são vendidas como salvação. Já que tudo que é sólido se desmancha no ar — como diria Marx — como pensar alternativas para hackear este software programado para nos matar simbólica ou literalmente? É a partir dessas inquietações que a Revista Pólemos conversa com o professor Deivison Faustino para pensar a Filosofia da Inteligência Artificial Sob o Prisma do Colonialismo Digital.

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Biografia do Autor

Priscila Rufinoni, Universidade de Brasília

Possui graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2002) e em Artes pela Unicamp (1991), mestrado em Artes pela Universidade de São Paulo (2000) e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2007). Atuou como professora convidada na Universidade Cruzeiro do Sul e na Fundação Armando Álvares Penteado. Foi professora substituta da UFG na área de Teoria da Arte. Atualmente é professora da UnB no departamento de Filosofia. Trabalha com questões que envolvem a imbricação entre estética, política e teoria do conhecimento.

Wesley Miranda de Almeida, Universidade de Brasília

Graduando em Filosofia pela Universidade de Brasília, atuou durante dois anos como coordenador geral do Centro Acadêmico de Filosofia Ernani Maria Fiori da Universidade de Brasília; foi bolsista pela CAPES durante o edital 2020-2022 do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência e participou, durante seu desenvolvimento, do projeto de extensão "A quem pertence a cidade?". Atualmente, é assessor parlamentar na Câmara Legislativa do Distrito Federal e pesquisador, em nível de iniciação científica, com o estudo sobre a sociogenia fanoniana, em seu diálogo com o marxismo e com o pensamento brasileiro, com o objetivo de vislumbrar a lógica do capital nas colônias. 

Referências

FAUSTINO, Deivison; LIPPOLD, Walter. Colonialismo digital: por uma crítica hacker-fanoniana. São Paulo: Boitempo, 2023.

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Publicado

31-03-2025

Como Citar

Rufinoni, P., & Miranda de Almeida, W. (2025). FILOSOFIA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL SOB O PRISMA DO COLONIALISMO DIGITAL: entrevista com Deivison Faustino. PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 13(30), 298–327. https://doi.org/10.26512/pl.v13i30.57913

Edição

Seção

Entrevistas