FILOSOFIA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL SOB O PRISMA DO COLONIALISMO DIGITAL
resenha do livro "Colonialismo Digital: Por Uma Crítica Hacker-Fanoniana", de Deivison Faustino e Walter Lippold
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v13i30.57910Palavras-chave:
Colonialismo Digital. Filosofia da Inteligência Artificial. Capitalismo. Racismo. Subjetividade.Resumo
O livro Colonialismo Digital: Por Uma Crítica Hacker-Fanoniana (2023), de Deivison Faustino e Walter Lippold, analisa a inteligência artificial e a revolução digital a partir de uma perspectiva crítica que articula marxismo, pensamento anticolonial e a teoria fanoniana. Os autores argumentam que o desenvolvimento tecnológico não é neutro, mas profundamente marcado pelo legado colonial, pelo racismo e pelas relações capitalistas de produção. Com isso, a subjetividade é colonizada por algoritmos que modulam comportamentos, transformando a suposta liberdade em novas formas de controle. A exposição constante, a disputa por atenção e a mercantilização da vida cotidiana aprofundam o adoecimento psíquico, enquanto tentativas de resistência são rapidamente cooptadas pelo capital. Os autores propõem uma crítica hacker-fanoniana como forma de desmistificar a tecnologia de modo a revelar suas raízes na acumulação capitalista, abrindo caminho para usos emancipatórios.
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