JUDITH BUTLER E “A QUESTÃO DO SUJEITO” NO FEMINISMO
um debate com Seyla Benhabib
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v10i19.34617Palavras-chave:
Judith Butler. Seyla Benhabib. Subjetividade. Agência. Emancipação.Resumo
Nesse artigo, retomo o debate entre Judith Butler e Seyla Benhabib sobre o Sujeito ocorrido nos anos 90. Esse debate surge, em parte, como uma reação às teses propostas por Butler em Problemas de Gênero em que a autora questiona radicalmente categorias, até então, consideradas centrais à análise feminista. Butler segue a crítica foucaultiana do sujeito moderno e nega a identidade “mulheres” como um fundamento necessário para a ação política feminista. Seyla Benhabib, por sua vez, identifica algumas de suas críticas como oferecendo um risco aos objetivos emancipatórios que o feminismo almeja alcançar. Ao invés de uma ruptura com a modernidade, Benhabib propõe uma reformulação. No núcleo dessa discordância, existem formas diferentes de se pensar a subjetividade e a política.
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