DO SABER SEM QUALIDADES À QUALIDADE DA FORMAÇÃO NO QUE NÃO SE PODE ENSINAR
teoria crítica, método estrutural e um programa mínimo à investigação e formação filosóficas
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v4i8.11681Palavras-chave:
Método Estrutural. Horkheimer. Teoria Crítica. Ensino de Filosofia. Pesquisa Filosófica.Resumo
O artigo tem como objeto o ensino e pesquisa na área da filosofia no interior da universidade, tanto alguns de seus limites como algumas formas de ação pedagógica que possam superá-los. Após tomar como ponto de partida a máxima de que não se ensina filosofia, mas a filosofar, aponta como se realiza essa tarefa no interior universidade brasileira, repõe uma crítica à especialização dessa atividade, e, por fim, apresenta algumas diretrizes para o trabalho de formação do aluno e pesquisador nessa área. Se inicia com um diagnóstico sombrio do presente, marcado pela quantificação da produção filosófica como padrão de medida do seu valor e da importância de seu autor. Retoma a crítica tecida por Horkheimer em Teoria Tradicional e Teoria Crítica à especialização imposta mediante recorte metodológico que se consolida como modelo de atividade científica e de sua institucionalização. Por fim, conclui repondo algumas diretrizes básicas para uma relação formadora e consistente do iniciando na área de filosofia nos cursos de graduação e pós-graduação com os contornos de uma formação filosófica e científica, retomando a estratégia pedagógica estrutural para apresentar formas de pensar a formação filosófica mediante a defesa de certo modo de ler e analisar textos.
Downloads
Referências
ARANTES, Paulo Eduardo. Um departamento francês de ultramar. São Paulo: Paz e Terra, 1994.
GOLDSHIMDT, Victor. Tempo histórico e tempo lógico na interpretação dos sistemas filosóficos. In: ___.A religião de Platão. São Paulo: Difel, 1963.
HORKHEIMER, Max. Teoria Tradicional e Teoria Crítica. In: ____, Adorno, Benjamin, Habermas. Obras Escolhidas. São Paulo: Abril, 1983, p. 117-154 [Coleção Os Pensadores]
KANT, Immanuel. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? [tra. V. Figueiredo]. In: ARCAL, Jairo (org.). Antologia de textos de filosóficos. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 2009, p. 406-15.
MACEDO JÚNIOR, Ronaldo Porto. O método de leitura estrutural. In: ___. (coord.). Curso de filosofia política: do nascimento da filosofia a Kant. São Paulo: Atlas, 2008, p. 13-41.
MAUGÜÉ, Jean. O ensino de filosofia: suas diretrizes. Revista Brasileira de Filosofia, vol.V, n.20. out.-dez.1955, p. 642-9.
MOURA, Carlos Alberto Ribeiro de. História stultitiae e história sapientiae. Revista Discurso, nº17, 1988, p. 151-71.
PRADO JÚNIOR, B. Leitura e interrogação: uma aula de 1966. In: A Retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac & Nafy, 2008, p. 375-392.
TORRES, João Carlos Brun, José Arthur GIANNOTTI, Gérard LEBRUN, Rubens Rodrigues TORRES FILHO (“O dia da caça”), José Henrique dos SANTOS (“Filosofia e crítica da ciência), Bento P R A D O J Ú N I O R ( “ O s l i m i t e s d a Aufklärung”), in: “Por que filósofo”? Estudos Cebrap, n.15, jan.-mar.1976, p. 133-173.
TORRES FILHO, Rubens Rodrigues. Respondendo à pergunta: quem é a ilustração? In: Ensaios de Filosofia Ilustrada. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 84-101.
VIEIRA NETO, Paulo. O que é análise de texto. In: FIGUEIREDO, V. (org). Seis filósofos na sala de aula. São Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2006, p. 13-19.
ŽIŽEK. Slavoj. Menos que nada: Hegel e a sombra do materialismo dialético. São Paulo: Boitempo, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 PÓLEMOS ”“ Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Todos os trabalhos que forem aceitos para publicação, após o devido processo avaliativo, serão publicados sob uma licença Creative Commons, na modalidade Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License (CC BY-NC-ND 4.0). Esta licença permite que qualquer pessoa copie e distribua a obra total e derivadas criadas a partir dela, desde que seja dado crédito (atribuição) ao autor / Ã autora / aos autores / às autoras.