Uma abordagem da influência pitagórica no diálogo platônico apócrifo Axíoco

Autores

  • Luiz Fernando Bandeira de Melo Universidade de Coimbra

Palavras-chave:

Sócrates;, Alma;, Órfico-pitagórico;, Axíoco

Resumo

Pesquisando a obra do filósofo ateniense Platão, não podemos negar a forte influência pitagórica que perpassa por quase todos os seus diálogos. As especulações sobre a ideia do corpo como prisão da alma, a teoria da reminiscência e os mitos escatológicos são alguns pontos que traduzem de forma convincente a tradição pitagórica e órfica dos seus escritos. Abordaremos aqui, apenas a influência religiosa dos poemas órficos e do pitagorismo, comum nos ritos populares, que são absorvidos, utilizados e modificados nos textos platônicos, tanto que Alberto Bernabé diz ser Platão a principal fonte que possuímos, da época clássica, para o conhecimento do orfismo. Delimitaremos como foco o diálogo tido como apócrifo Axíoco, cujo tema central está direcionado à imortalidade da alma e aos benefícios dos ‘iniciados’ que possuem privilégios para suas almas após a morte do corpo, temas recorrentes dos conhecimentos culturais órficos-pitagóricos. Não trataremos essa influência em toda sua extensão, mas apresentamos o suficiente para compreendermos que os conselhos que Sócrates interpõe a Axíoco, reportando-se, sobretudo ao comportamento e gênero de vida do homem, podem modificar o destino da alma separada do corpo pela morte.

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Biografia do Autor

Luiz Fernando Bandeira de Melo, Universidade de Coimbra

Doutorando em Filosofia pela UCUniversidade de Coimbra.

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Publicado

2016-11-07

Como Citar

Melo, L. F. B. de. (2016). Uma abordagem da influência pitagórica no diálogo platônico apócrifo Axíoco. PHAINE: Revista De Estudos Sobre Antiguidade, 1(1), 82–91. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/phaine/article/view/7186

Edição

Seção

Artigos