Gênero, Memórias, Materialidades e Linguística:
Confluência entre Mulheres Indígenas, Afrodescendentes e AfroIndígenas na Arqueologia Histórica de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbla.v16i1.54346Palavras-chave:
Gênero, Arqueologia do Colonialismo, Diaspora Africana, Povos Indígenas, Comunidades TradicionaisResumo
Este paper apresenta perspectivas para investigar interações e redes solidárias entre mulheres Indígenas e Afrodescendentes na Mata Atlântica, região sudeste de São Paulo (século 16 – presente), a partir das Arqueologias do Gênero e Feminista É uma pesquisa de arqueologia histórica e comunitária sobre soberania alimentar, materialidades e linguagens em comunidades do Vale do Ribeira e área Peruíbe-Itanhaém. A temática surgiu de interesses conjuntos acadêmicos e das comunidades para destacar, fortalecer e resgatar práticas tradicionais. A proposta é estabelecer novas interpretações sobre estratégias de persistência que estão sendo comparadas com práticas similares de duas comunidades do Equador e dos Estados Unidos, para ampliar um debate internacional em andamento. Sobre as interações em São Paulo, existe vasta quantidade de informações pouco investigadas na arqueologia, com potencial para revelar novas perspectivas sobre saberes ancestrais, transmissão de conhecimentos intergeracionais, agência e sociabilidades. A proposta tem uma abordagem interdisciplinar na análise de dados de arqueologia, história oral, genealogia, linguística histórica, geociências entre outras, dividida em cinco eixos de investigação: 1) redes de parentesco e afinidade; 2) ecologias de sustentabilidade; 3) mapeamento participativo; 4) memória histórica; 5) comparação de persistências femininas com outros lugares do continente. A pesquisa consolida novos conhecimentos sobre o papel das mulheres na longa duração e mostra os resultados das investigações das representantes das comunidades envolvidas, contribuindo para renovar aspectos da história de São Paulo.
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