As Mulheres Makurap e o saber-fazer do Marico
DOI :
https://doi.org/10.26512/rbla.v10i1.19050Mots-clés :
Makuráp. Marico. Mulheres. Saber-fazer. Rondônia.Résumé
As plantas evocam relações de pertencimento a um território. As árvores plantadas, as flores, os remédios, são evidências do cuidar, do domesticar os lugares, da existência de ocupação humana, como também de um saber que tornam conhecidos os lugares da mata. As plantas referenciam o território vivido, conhecido, ou também, em alguns casos, um território já ocupado anteriormente por outros grupos. Nesse contexto, a presente pesquisa dedica-se a compreender as relações existentes entre mulheres Makuráp e o saber-fazer atrelado ao tucum (Astrocaryum sp.). Para tanto, prentende-se construir uma compreensão sobre a vida da anciã Makuráp Juraci Menkaiká, a partir da sua trajetória biográfica, engendrada com o saber-fazer do marico, uma bolsa utilizada para carregar a colheita da roça, para transportar objetos de um lugar a outro, feita a partir das folhas do tucum. A pesquisa foi realizada a partir de trabalhos de campo sucessivos realizados entre outubro de 2014 a fevereiro de 2018, junto ao povo Makuráp, na Terra Indígena Rio Branco, RO. Entrevistas semiestruturadas e etnografia formam a metodologia utilizada.Téléchargements
Références
Machado, Juliana Salles. Lugares de gente: mulheres, plantas e redes de troca no delta amazônico. Rio de Janeiro: Museu Nacional, UFRJ, 2012. Tese (Tese em Antropologia Social), Museu Nacional, UFRJ, 2012.
Maldi, Denise. O Complexo Cultural do Marico: Sociedades Indígenas dos Rios Branco, Colorado e Mequens, Afluentes do Médio Guaporé. In: Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Série Antropologia, Vol. 7 (2). Belém, 1991.
Mentore, Laura. The Intersubjective Life of Cassava among the Waiwai. Anthropology and Humanism. Vol. 37, Issue 2, 2012.
Moore, Christopher R.; Thompson, Victor D. Animism and Green River persistent places: A dwelling perspective of the Shell Mound Archaic. Journal of Social Archaeology, 2012.
Müller, Regina Pollo. Corpo e imagem em movimento: há uma alma neste corpo. Revista de Antropologia. Vol. 43, n. 2. São Paulo, 2000.
Oliveira, João Pacheco de. Uma etnologia dos “índios misturados”? Situação colonial, territorialização e fluxos culturais. Mana. Vol.4, n.1. Rio de Janeiro, 1998.
Silva, Fabíola Andréa. As Tecnologias e seus Significados. Um estudo da cerâmica dos Asurini do Xingu e da cestaria dos Kayapó-Xikrin sob uma perspectiva etnoarqueológica. São Paulo: USP, 2000. Tese (Tese em Ciência Social), Departamento de Antropologia, Universidade de São Paulo, 2000.
Zedeño, Maria Nieves. The Archaeology of Territory and Territoriality. In: David, Bruno; Thomas, Julian. Handbook of Landscape Archaeology. Left Coast Press, California, 2008.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Revista Brasileira de Linguística Antropológica 2018
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans RBLA acceptent les conditions suivantes :
a) Les auteurs conservent le droit d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, et l'œuvre est simultanément sous licence Creative Commons Attribution License, qui permet le partage de l'œuvre avec la reconnaissance de la paternité de l'œuvre et la publication initiale dans cette revue .
b) Les auteurs sont autorisés à conclure des contrats supplémentaires séparément, pour la distribution non exclusive de la version de l'œuvre publiée dans cette revue (par exemple, publier dans un référentiel institutionnel ou sous forme de chapitre de livre), avec reconnaissance de la paternité et de la publication initiale dans ce journal.
c) Les auteurs sont autorisés et encouragés à publier leur travail en ligne (par exemple, dans des référentiels institutionnels ou sur leur page personnelle) à tout moment avant ou pendant le processus éditorial, car cela peut générer des changements productifs, ainsi qu'augmenter l'impact et la citation de l'ouvrage publié.