As Mulheres Makurap e o saber-fazer do Marico

Autores/as

  • Roseline Mezacasa Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.26512/rbla.v10i1.19050

Palabras clave:

Makuráp. Marico. Mulheres. Saber-fazer. Rondônia.

Resumen

As plantas evocam relações de pertencimento a um território. As árvores plantadas, as flores, os remédios, são evidências do cuidar, do domesticar os lugares, da existência de ocupação humana, como também de um saber que tornam conhecidos os lugares da mata. As plantas referenciam o território vivido, conhecido, ou também, em alguns casos, um território já ocupado anteriormente por outros grupos. Nesse contexto, a presente pesquisa dedica-se a compreender as relações existentes entre mulheres Makuráp e o saber-fazer atrelado ao tucum (Astrocaryum sp.). Para tanto, prentende-se construir uma compreensão sobre a vida da anciã Makuráp Juraci Menkaiká, a partir da sua trajetória biográfica, engendrada com o saber-fazer do marico, uma bolsa utilizada para carregar a colheita da roça, para transportar objetos de um lugar a outro, feita a partir das folhas do tucum. A pesquisa foi realizada a partir de trabalhos de campo sucessivos realizados entre outubro de 2014 a fevereiro de 2018, junto ao povo Makuráp, na Terra Indígena Rio Branco, RO. Entrevistas semiestruturadas e etnografia formam a metodologia utilizada.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Roseline Mezacasa, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutoranda do Programa de Pós Graduação em História, Universidade Federal de Santa Catarina ”“ UFSC, membra do Laboratório de História Indígena ”“ LABHIN. Docente do Departamento de História, Campus de Rolim de Moura, Universidade Federal de Rondônia ”“ UNIR. Endereço postal: Rua Curitiba, nº5324, B. Planalto, Rolim de Moura, RO, CEP: 76940-000. 

Citas

Fausto, Carlos. Donos demais: maestria e domínio na Amazônia. Mana [online]. vol.14, n.2, pp.329-366. ISSN 0104-9313. Acesso em: 20 maio 2017. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0104-93132008000200003>, 2008.
Machado, Juliana Salles. Lugares de gente: mulheres, plantas e redes de troca no delta amazônico. Rio de Janeiro: Museu Nacional, UFRJ, 2012. Tese (Tese em Antropologia Social), Museu Nacional, UFRJ, 2012.
Maldi, Denise. O Complexo Cultural do Marico: Sociedades Indígenas dos Rios Branco, Colorado e Mequens, Afluentes do Médio Guaporé. In: Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Série Antropologia, Vol. 7 (2). Belém, 1991.
Mentore, Laura. The Intersubjective Life of Cassava among the Waiwai. Anthropology and Humanism. Vol. 37, Issue 2, 2012.
Moore, Christopher R.; Thompson, Victor D. Animism and Green River persistent places: A dwelling perspective of the Shell Mound Archaic. Journal of Social Archaeology, 2012.
Müller, Regina Pollo. Corpo e imagem em movimento: há uma alma neste corpo. Revista de Antropologia. Vol. 43, n. 2. São Paulo, 2000.
Oliveira, João Pacheco de. Uma etnologia dos “índios misturados”? Situação colonial, territorialização e fluxos culturais. Mana. Vol.4, n.1. Rio de Janeiro, 1998.
Silva, Fabíola Andréa. As Tecnologias e seus Significados. Um estudo da cerâmica dos Asurini do Xingu e da cestaria dos Kayapó-Xikrin sob uma perspectiva etnoarqueológica. São Paulo: USP, 2000. Tese (Tese em Ciência Social), Departamento de Antropologia, Universidade de São Paulo, 2000.
Zedeño, Maria Nieves. The Archaeology of Territory and Territoriality. In: David, Bruno; Thomas, Julian. Handbook of Landscape Archaeology. Left Coast Press, California, 2008.

Publicado

2018-07-30

Cómo citar

Mezacasa, R. (2018). As Mulheres Makurap e o saber-fazer do Marico. Revista Brasileira De Linguística Antropológica, 10(1), 23–45. https://doi.org/10.26512/rbla.v10i1.19050

Número

Sección

Artigos