TRANSFORMAÇÕES DISCURSIVAS DAS IDENTIDADES DE GÊNERO NA MÍDIA
DOI:
https://doi.org/10.26512/les.v18i2.5790Palavras-chave:
Gênero Social, Identidade, Análise de Discurso CríticaResumo
A Análise de Discurso Crítica (FAIRCLOUGH, 2001, 2003) tem contribuído, no Brasil (MAGALHÃES, 2005; 2009), também para as pesquisas que sugerem situações de transformação social e/ou de opressões no que diz respeito aos gêneros sociais. Realizamos uma investigação sobre como o discurso da mídia se relaciona com esses processos de transformações de identidades de gênero. Dessa forma, é nosso objetivo investigar como o discurso da revista L’Officiel Hommes Brasil Nº.4 (dezembro/2014), e suas transformações discursivas e textuais, construindo e representando práticas socioculturais, sugere identidades de gênero masculinas. Para a realização da pesquisa, utilizamos os conceitos de identidade, de Hall (2003; 2011) e Fairclough (2003); também de gênero social, de Butler (2013), Magalhães (2005; 2009) e Heberle et al. (2006). Como método para esta pesquisa, utilizamos a Análise de Discurso Textualmente Orientada (ADTO) de Fairclough (2003) e de Magalhães (2005). Consideraremos apenas a categoria da modalidade, relacionada à função interpessoal, de Halliday (1994), e seus objetivos de descrição dos graus de afinidades relacionados a: a) representação discursiva (sentido relacional); b) identidades sociais (sentido identificacional); e c) controle das formas de construção da realidade (doutrinação), conforme Magalhães (2005). A análise dos textos indica que as transformações das identidades de gênero não apenas apontam para uma fragmentação de identidades, mas também (e ao mesmo tempo) para uma fluidez de composições sociais que fragilizam a hegemonia do padrão heteronormativo, mas não racial. Os textos analisados não só indicam as transformações de gênero, bem como se apresentam situados na lógica das práticas discursivas do poder hegemônico a fim de garantir um controle das referidas transformações nas identidades de gênero baseado na relação entre “modos de consumo” e “modos de vida”.
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