METODOLOGIA CARTOGRÁFICA COMO POSSIBLIDADE DE PESQUISA EM LINGUÍSTICA APLICADA COM COLETIVOS DE NEGROS E NEGRAS: CONFISSÕES DE PESQUISA
DOI:
https://doi.org/10.26512/les.v23i2.45261Palavras-chave:
Linguística aplicada, Cartografia, Pesquisa com comunidades negrasResumo
O presente artigo visa, mesmo que de forma preliminar, apresentar a metodologia cartográfica (PASSOS; KASTRUP; ESCOSSIA, 2014) como possibilidade de estudo de campo com coletivos de resistência, sobretudo coletivos de negros e negras. Pretendemos realizar um estudo de caso, a luz da tese de Doutoramento VEM JOGAR MAIS EU, MANO MEU: CARTOGRAFANDO A CAPOEIRA NA CIDADE DE CAMOCIM COMO JOGO DE LINGUAGEM E RESISTÊNCIA NEGRA (CORDEIRO, 2015), desenvolvida por este autor em 2015 com coletivo de capoeiras na Cidade de Camocim-CE. Objetivamos tecer reflexões sobre as potencialidades e fragilidades da metodologia cartográfica para a efetivação de estudos comprometidos com coletivos da comunidade negra, encorajando pesquisadores e pesquisadoras negras a um ethos de comprometimento com a agenda dos sujeitos em pesquisa, tomando estes como também autores do processo cartográfico.
Downloads
Referências
ALENCAR, Claudiana Nogueira de; FERREIRA, Dina Maria Martins. Contexto: problemática ad infinitum. In: SILVA, Daniel Nascimento e; ALENCAR, Claudiana Nogueira de; FERREIRA, Dina Maria Martins (Orgs.). Nova pragmática: modos de fazer. São Paulo: Cortez, 2014.
AUSTIN, John L. Quando dizer é fazer: palavras e ação. Tradução de Danilo Marcondes de Souza Filho. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
BUTLER, J. Excitable speech: a politics of the performative. London: Routledge, 1997.
CORDEIRO. Gilson Soares. Vem jogar mais eu, mano meu: cartografando a capoeira na cidade de Camocim como jogo de linguagem e resistência negra. 2015. 251 f. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) – Centro de Humanidades, Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2015.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Tradução de
Aurélio Guerra Neto e Celia Pinto Costa. 34.ed., v. 1, p.94, Rio de Janeiro, 1995. (Coleção TRANS).
GROSFOGUEL, R. Para descolonizar os estudos de economia politica e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. In: SANTOS, B. de S.; MENESES, M. P. (Orgs.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.
MATTOS, Regiane Augusto. História e cultura afro-brasileira. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2015.
PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCOSSIA, Liliana (Orgs.). Pistas do método da cartografia: pesquisa e intervenção e produção da subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2014.
PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCOSSIA, Liliana (org.). Pistas do método de cartografia: pesquisa intervenção e subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2010. v. 1.
RAJAGOPALAN, Kanavillil. A pesquisa política e socialmente compromissada em pragmática. In: SILVA, Daniel Nascimento e; ALENCAR, Claudiana Nogueira de; FERREIRA, Dina Maria Martins (Orgs.). Nova pragmática: modos de fazer. São Paulo: Cortez, 2014.
REIS, Letícia Vidor de Sousa. Mestre Bimba e mestre Pastinha: a capoeira em dois estilos. In: SILVA, Vagner Gonçalves da (Org.). Artes do corpo: memória afro- brasileira. São Paulo: Selo Negro, 2004.
SÁ, Leonardo Damasceno de. Guerra, mundão e considerações: uma etnografia das relações sociais dos jovens no Serviluz. 2010. 283 f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2010.
SANTOS, Sales Augusto dos. De militantes negros a negros intelectuais. In: CONGRESSO PORTUGUÊS DE SOCIOLOGIA, 6., 2008, Lisboa. Anais... Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, 2008. p. 2-13.
SODRÉ, Muniz. Mestre Bimba: corpo de mandinga. Rio de Janeiro: Manati, 2002.
SOUZA, A. L. S. Letramentos de reexistência: poesia, grafite, música, dança: hiphop. São Paulo: Parábola, 2011. (Série Estratégias de Ensino, 26).
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Tradução de Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa e André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: UFMG, 2010.
WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações filosóficas. Tradução de José Carlos Bruini. São Paulo: Nova Cultural, 1979. (Os Pensadores).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Cadernos de Linguagem e Sociedade do Programa de Pós-Graduação em Linguística da UnB é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores/as que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores/as mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.