Teatro do oprimido e direitos humanos: estratégia pedagógica para a (trans)formação

Autores

Palavras-chave:

Direitos Humanos, Multiletramento Engajado, Teatro do Oprimido, Patrimônio Vivencial

Resumo

Nosso objetivo é discutir o Teatro do Oprimido como ferramenta pedagógica para a defesa dos Direitos Humanos e da Justiça Social. Fundamentados no Multiletramento Engajado e em propostas desencapsuladoras, analisamos como o Teatro do Oprimido contribui para a criação de engajamento dos participantes. Para tal, selecionamos episódios de dois projetos para comprender como possibilitar, por meio da criação intencional de eventos dramáticos, o entrelaçamento dos patrimônios vivenciais dos participantes à vivência (perejivanie) de situações de opressão da vida cotidiana. A discussão aponta para a expansão de recursos simbólicos e criação de novas possibilidades de mobilidade e de transformação da realidade.

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Biografia do Autor

Fernanda Coelho Liberali, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Doutora em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC-SP, com pós-doutorado pela Universidade de Helsinki, pela Universidade Livre de Berlin e pela Rutgers University. Professora-pesquisadora PUC-SP, no Departamento de Ciências da Linguagem e Filosofia, no PEPG em LAEL, no PEPG em Educação: Formep e no PEPG em Educação: Currículo. Bolsista Produtividade CNPq. Coordenadora geral do Programa Digitmed e do Projeto Brincadas e co-fundadora da Global Play Brigade.

Larissa Mazuchelli, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul / Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Professora do Departamento de Letras da UEMS-Campo Grande, realiza estágio de Pós-Doutorado no LACE/PUC-SP, onde aproxima os estudos críticos sobre Envelhecimento à Linguística Aplicada e à formação de professores. Doutora e mestre em Linguística pelo IEL/UNICAMP, tem experiência de pesquisa em Língua, Cultura e Sociedade, Linguagem e Envelhecimento, e Neurolinguística.

Maria Feliciana Amaral, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Mestre em Linguística Aplicada (PUC/SP). Atualmente é Coordenadora Pedagógica da Maple Bear -VO. Pesquisadora do movimento de dessilenciamento na sala de aula e no contexto escolar. Pesquisadora-formadora no Grupo de Pesquisa Linguagem em Atividades no Contexto Escolar (GP LACE), do  "Programa Digitmed: a construção de espaços vividos para o desenvolvimento de mobilidade" e do Projeto Brincadas.

Bianca Sgai Franco Medeiros, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Mestranda em Linguística Aplicada e Estudos de Linguagem (LAEL/PUC-SP/CAPES). Pesquisadora-formadora no Grupo de Pesquisa e Linguagem em Atividades no Contexto Escolar (LACE/CNPq/PUC-SP). Pós-graduada em Educação Bilíngue (Instituto Singularidades) com graduação em Pedagogia (FEUSP) e Teatro (Teatro-Escola Célia Helena). Atua na Educação desde 2008 nas áreas de Teatro e Língua Inglesa.

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Publicado

2021-12-19

Como Citar

Liberali, F. C. ., Modesto Sarra, L. K., Mazuchelli, L., Amaral, M. F., & Medeiros, B. S. F. . (2021). Teatro do oprimido e direitos humanos: estratégia pedagógica para a (trans)formação. Cadernos De Linguagem E Sociedade, 22(2), 232–252. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/les/article/view/40905

Edição

Seção

Dossiê Educação em Direitos Humanos e Diversidades: aspectos da linguagem