CARTA DE ALGUM LUGAR DO FUTURO: NARRATIVAS DE CUNHO BIOGRÁFICO: Estratégia de geração de dados ”“ uma proposta “desencaixada” e reflexiva
DOI:
https://doi.org/10.26512/les.v19i3.17721Resumo
Este trabalho apresenta parte de uma proposta de investigação reflexiva, nomeadamente, a proposição de uma das estratégias de geração de dados cujo foco são as representações dos letramentos no domínio[1] acadêmico, bem como sua aplicação no contexto da ação formativa do “Projeto Mulheres Inspiradoras”. Desse modo, a estratégia de geração de dados, nomeada por “Carta de algum lugar do futuro” mostrou-se produtiva ao momento de avaliação daquele projeto. Assim, dado o caráter reflexivo, o objetivo da proposta é não só desvelar as representações sobre a rede de práticas do domínio acadêmico, mas também fomentar a consciência crítica sobre essas práticas e os discursos do letramento que as compõem. Destarte o trabalho ancora-se no referencial teórico-metodológico da Teoria Social do Discurso de Fairclough (2001, 2003) e Chouliaraki e Fairclough (1999), em diálogo como os Novos Estudos do Letramento (STREET, 1995), com a Consciência Linguística Crítica de Clark et al. (1996) e com as Ciências Sociais Críticas, designadamente, os estudos em Sociologia sobre a Ciência Pós-Moderna, de Santos (2008, 2011), a abordagem da “heterodoxia controlada” de Lopes (1996) e a perspectiva pós-linear de análise de narrativas de vida de Pais (2001). Quanto à abordagem multimetodológica para a condução da pesquisa, foram adotadas a Pesquisa Qualitativa e a Pesquisa Etnográfica de cunho crítico à luz de Cameron (1992) e de Denzin e Lincoln (2006). Espera-se, com essa proposta, favorecer a consciência crítica sobre as práticas naquele e daquele domínio e os discursos do letramento a fim de fomentar a construção de interconhecimentos e favorecer a agência criativa de pesquisadores, professores e estudantes.
Palavras-chave: Narrativa biográfica. Geração de dados desencaixada. Pesquisa reflexiva. Letramentos. Análise de Discurso Crítica. Ciência Pós-Moderna.
[1] Domínios são espaços sociais, são contextos padronizados e estruturados, nos quais diferentes letramentos são usados e aprendidos, conforme Barton, Hamilton e Ivanic (2000, p. 11). A este trabalho importa, em especial, o domínio acadêmico, entendido como o espaço social, por excelência, dos usos e dos processos formais, ou se preferirmos, processos padronizados e estruturados, de aprendizagem dos letramentos dominantes.
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