SOU FEMINISTA PORQUE…: O DISCURSO NO PROCESSO DE (RE)CONFIGURAÇÃO DAS IDENTIDADES DE GÊNERO FEMINISTAS

Autores

  • Lorena Araújo de Oliveira Borges Universidade de Brasília/Capes

DOI:

https://doi.org/10.26512/les.v19i1.10874

Palavras-chave:

Identidades; Mulheres Feministas; Discursos.

Resumo

O presente artigo tem o objetivo de analisar como o coletivo feminista Marcha das Vadias Distrito Federal mobiliza o discurso com o objetivo de criar tensões entre uma identidade de gênero fixa e imutável, disponibilizada por um discurso hegemônico, e uma noção mais fluída, de identidades plásticas, moldadas de acordo com as práticas sociais. Para tanto, realizaremos a análise da composição visual (KRESS E VAN LEEUWEN, 2006) e dos traços linguísticos reincidentes (MARTIN E WHITE, 2005; PARDO, 2011; HALLIDAY E MATTHIESSEN, 2014) em 48 cartazes produzidos para a campanha Feminista Por quê?. Fundamentamos nosso estudo nos aportes teórico-metodológicos da Análise de Discurso Crítica (CHOULIARAKI E FAIRCLOUGH, 1999; FAIRCLOUGH, 1992; 2003; 2010). 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lorena Araújo de Oliveira Borges, Universidade de Brasília/Capes

Doutoranda em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade de Brasília (UnB). Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Mestre em Letras e Linguística e Licenciada em Letras Português pela Universidade Federal de Goiás (2015).

Referências

BAKHTIN, Mikail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1997.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2001.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Civilização Brasileira: Rio de Janeiro: 2003.

CARR, J. L. ‘The SlutWalk Movement: A Study in Transnational Feminist Activism’, Journal of Feminist Scholarship, 4 (Spring), 24”“ 38, 2013.

CASTILHO, Ataliba. Demonstrativos. In: ILARI, Rodolfo (Org.). Gramática do Português Culto Falado no Brasil: palavras de classe fechada. Vol. IV. São Paulo: Contexto, 2015.

CHOULIARIAKI, Lilie; FAIRCLOUGH, Norman. Discourse in late modernity: rethinking critical discourse analysis. Edinburgh: Edinburgh University Press, 1999.

FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e mudança social. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001 [1992].

FAIRCLOUGH, Norman. Analysing discourse: textual analysis for social research. London, Nova York: Routledge, 2003.

FAIRCLOUGH, Norman. Critical Discourse Analysis: the critical study of language. London: Longman Group Limited, 2010.

GENZ, S.; BRABON, B. A. Postfeminism: Cultural Texts and Theories. Edinburgh: University of Edinburgh Press, 2009.

GOMES, Carla; SORJ, Bila. Corpo, geração e identidade: a Marcha das vadias no Brasil. Revista Sociedade e Estado, Vol. 29, Nº 2 (Maio/Agosto), p. 433-447, 2014.

GUIDDENS, Anthony. As conseqüências da modernidade. Tradução: Raul Fiker. São Paulo: Editora UNESP, 1991.

HALL, Stuart; DU GAY, Paul (Eds.). Questions of Cultural Identity. London: Sage Publications, 1996.

HALL, Stuart. A identidade na pós-modernidade. Rio de Janeiro, DP&A, 2005.

HALLIDAY, Michael; MATTHIESSEN, Christian. Halliday’s Introduction to Functional Grammar. Fourth Edition. Abington/New York: Routledge, 2014.

ILARI, Rodolfo; BASSO, Renato Miguel. Advérbios verificadores. In: ILARI, Rodolfo (Org.). Gramática do Português Culto Falado no Brasil: palavras de classe aberta. Vol. III. São Paulo: Contexto, 2014

JEWITT, Carey; OYAMA, Rumiko. Visual meaning: a social semiotic approach. In: VAN LEEUWEN, Theo; JEWITT, Carey (Orgs.). Handbook of Visual Analysis. London: Sage Publications, 2008, p. 134-156.

KIMBLE, James J.; OLSON, Lester C. Visual Rhetoric Representing Rosie the Riverter: Myth and Misconception in J. Howard Miller’s “We Can Do It!” Poster. Rethoric and Public Affairs, Vol. 9. Nº 4 (Winter 2006), p. 533-569, 2006.

KRESS, Gunther; VAN LEEUWEN, Theo. Reading Images: the grammar of visual design. London/New York: Routledge, 2006.

KWAN, R. ‘Don’t Dress Like a Slut: Toronto Cop’, Excalibur, 8 February 2011.

MAGALHÃES, Izabel. Discursos e identidades de gênero na alfabetização de jovens e adultos e no Ensino Especial. Calidoscópio, 6(2): 62-68, 2008.

MARTIN, J. R.; WHITE, P. R. R. The language of evaluation. New York: Palgrave Macmillan, 2005.

MCNICOL, L. SlutWalk is “Kind of Like Feminism”: A Critical Reading of Canadian Mainstream News Coverage of SlutWalk’, MA Thesis (Kingston: Queens University), 2012.

MENDES, Kaitlynn. Slutwalk: feminism, activism and media. London/New York: Palgrave, 2015.

PAGANO, A. A pragmatic study of negatives in written text. MA diss., Florianópolis: Universidade Ferderal de Santa Catarina, 1991.

PARDO María Laura. Teoría y metodologia de la investigación lingüística. Método sincrônico-diacrónico de análisis lingüístico de textos. Buenos Aires: Tersites, 2011.

VECCHI, Benedetto. Introdução. In: BAUMAN, Zygmunt. Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi. Tradução: Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005.

WOODWARD, K. Concepts of identity and difference. In: WOODWARD, K. (Org.). Identity and difference. London: Sage Publications, 2002.

Downloads

Publicado

2018-06-27

Como Citar

Borges, L. A. de O. (2018). SOU FEMINISTA PORQUE…: O DISCURSO NO PROCESSO DE (RE)CONFIGURAÇÃO DAS IDENTIDADES DE GÊNERO FEMINISTAS. Cadernos De Linguagem E Sociedade, 19(1), 132–149. https://doi.org/10.26512/les.v19i1.10874

Edição

Seção

Artigos de pesquisa