SOBRE A CONCORDÂNCIA MODAL EM PORTUGUÊS
DOI:
https://doi.org/10.26512/les.v11i2.10474Palavras-chave:
concordância modal; modalidade; quantificação; verbos auxiliares modais.Resumo
Nesse artigo, discuto a concordância modal em Português. Esse fenômeno, inicialmente descrito por Halliday (1970), se caracteriza pela presença sintática de dois itens modais que são interpretados como se houvesse apenas um. Com base na teoria da Modalidade de Kratzer (1981, 1991), analiso os dados do Português e destaco, em consonância com a literatura (Geurts & Huitink 2006, Zeijlstra 2007 e Huitink 2009), que a concordância modal obedece a duas restrições: a) um dos elementos modais deve ser um verbo auxiliar modal e b) os elementos modais devem compartilham a mesma força modal e o mesmo do tipo de modalidade.cutor.Downloads
Referências
Baker, C. Learnability and the English auxiliary system. In: Baker, C. & McCarthy, J. (eds.) The Logical Problem of Language Acquisition. Cambridge, MA: MIT Press, 1981, p. 296-323.
von Fintel, K. Modality and Language. In: Borchert, D. (ed.). Encyclopedia of Philosophy. Detroit: MacMillan, 2006, p. 20-27.
von Fintel, K & Iatridou, S. What to do if you want to go to Harlem: Notes on anankastic conditionals and related matters. MIT, 2005. Disponível em: <http://web.mit.edu/fintel/www/harlem.pdf> Acesso em 27/09/2010.
Geurts, B. & Huitink, J. Modal concord. In: Dekker, P & Zeijstra, H. (eds.) Proceedings of the ESSLLI 2006 Workshop Concord Phenomena at the Syntax Semantics Interface. 15-20. University of Malaga, 2006, p. 15-20.
Hacquard, V. (no prelo). Modality. A sair em: Maierborn, C; von Heusinger, K & Portner, P. (eds.) Semantics: An International Handbook of Natural Language Meaning. Berlin: Walter De Gruyter.
Hacquard, V. Aspects of Modality. Tese de Doutorado. Cambridge, MA: Massachusetts Institute of Technology.
Halliday, M. Functional diversity in language as seen from a consideration of modality and mood in English. Foundations of Language, 6: 332-361, 1970.
Hockett, C. The origins of speech. Scientific American, 203: 89-97, 1960.
Hoye, L. Adverbs and Modality in English. London and New York: Longman, 1997.
Huitink, J. Modal concord: a case study of Dutch. Frankfurt: Goethe Universität, 2009. Disponível em: <http://user.uni-frankfurt.de/~huitink/Huitink-modalconcord.pdf> Acesso em 10/06/2010.
Kratzer, A. Modality. In: von Stechow, A. & Wunderlich, D. (eds.). Semantics: an international handbook of contemporary research, Berlin: Mouton de Gruyter, 1991, p. 639”“650.
Kratzer, A. The notional category of modality. In: Eikmeyer, H.-J. & Rieser, H. (eds.) Words, Worlds, and Contexts. New Approaches in Word Semantics. Berlin: Mouton de Gruyter, 1981, p. 38-74.
Kratzer, A. What must and can must and can mean. Linguistics and Philosophy, 1(3): 337”“355, 1977.
Lewis, D. Counterfactuals. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1973.
Lightfoot, D. How to Set Parameters: Arguments from language change. Cambridge, MA: MIT Press, 1991.
Lightfoot, D. Principles of Diachronic Syntax. Cambridge: Cambridge University Press, 1979.
Lobato, L. Os verbos auxiliares em português contemporâneo: critérios de auxiliaridade. In: Lobato, L. et alii. Análises Lingüísticas. Petrópolis: Vozes, 1975, p. 27-91.
Lunguinho, M. A Ordem dos Verbos Auxiliares: uma análise em termos de traços. Dissertação de Mestrado. Brasília: Universidade de Brasília, 2005.
Lyons, J. Semantics. Cambridge: Cambridge University Press, 1977.
McCawley, J. Tense and time reference in English. In: Fillmore, C. & Langendoen, T. (eds.) Studies in Linguistics Semantics. New York: Holt, Rinehart & Winston, 1971, p. 96-113.
Miranda, Z. Aspectos do Comportamento Sintático dos Modais dever e poder.Dissertação de Mestrado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 1975.
Palmer, F. Mood and Modality. Cambridge: Cambridge University Press, 1986.
Pires de Oliveira, R. & Ngoy, F. Notas sobre a semântica do sufixo -vel: a expressão da modalidade no PB. Revista Letras, 73: 185-201, 2007.
Pontes, E. Verbos Auxiliares em Português. Petrópolis: Vozes, 1973.
Pullum, G. & Wilson, D. Autonomous syntax and the analysis of auxiliaries. Language 53(4): 741-788, 1977.
Roberts, I & Roussou, A. Syntactic Change: a minimalist approach to grammaticalization. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
Roberts, I. Agreement parameters and the development of English modal auxiliaries. Natural Language and Linguistic Theory, 3: 21”“58, 1985.
Schachter, P. Explaining auxiliary order. In: Heny, F. & Richards, B. (eds.) Auxiliaries and Related Puzzles. Volume II. Dordrecht: Reidel, 1983, p.145-204.
Stowell, T. Tense and modals. In: Guéron, J. & Lecarme, J (eds.) The Syntax of Time. Cambridge, MA: MIT Press, 2004, p. 621-635.
Tavares de Macedo, A. Dois Modelos de Análise para os Auxiliares em Português. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1972.
Zeijlstra, H. Modal concord. In Friedman, T. & Gibson, M. Proceedings of SALT XVII. Ithaca, NY: Cornell University, 2007, p. 317-332.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores/as que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores/as mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.