El reparto de lo sensible en contextos de exclusión: reflexiones sobre la escritura afrofemenina en la contemporaneidad

Autores/as

Palabras clave:

reparto de lo sensible; políticas de la escritura; literatura afrofemenina; interseccionalidad

Resumen

Este artículo se propone reflexionar sobre la escritura afrofemenina a partir de la noción de reparto de lo sensible (Rancière, 19952005) y evaluar su papel como arte simbólica de resistencia en contextos marcados por la colonialidad (Quijano, 2005Lugones, 2008Mignolo, 2017) y sus redes de jerarquías y exclusiones (Grosfoguel, 2009). Trabamos el diálogo con autoras como Lélia Gonzalez (1982)Glória Anzaldúa (2000)Vera Soares (2000)Conceição Evaristo (2005)Angela Davis (2016)Patricia Hill Collins (2016)Grada Kilomba (2019) y Sueli Carneiro (2019), con el objetivo de contestar la siguiente pregunta: ¿de qué manera la escritura afrofemenina incide en el reparto de lo sensible y cuál es el potencial insurgente de esa incisión? Para eso, luego de una introducción sobre las relaciones entre escritura y política propuestas en el concepto de reparto de lo sensible, organizamos la discusión en torno a cinco temas: 1. Colonialidad, hetero-jerarquía e interseccionalidad; 2. Soñar la diferencia; 3. Escritura e insurgencia; 4. Incisiones en el reparto de lo sensible; y 5. Habitar las ausencias. Al final de las reflexiones desarrolladas, consideramos que dicho potencial reside en el carácter imperativo y definitivo de reconfiguración que la escritura afrofemenina provoca en la dimensión sensible de la comunidad.

Descargas

Citas

ANZALDÚA, Glória (2000). Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo. Florianópolis: Estudos Feministas.

BATISTA, Carla (2018). O que é Interseccionalidade? Portal Geledés Disponível em: https://www.geledes.org.br/o-que-e-interseccionalidade Acesso em: 20 out. 2022.

» https://www.geledes.org.br/o-que-e-interseccionalidade

BOSI, Alfredo (2002). Literatura e resistência São Paulo: Companhia das Letras.

CARNEIRO, Sueli (2003). Mulheres em movimento. Estudos Avançados, v. 17, n. 49, p. 117-133.

CARNEIRO, Sueli (2019). Escritos de uma vida São Paulo: Jandaíra.

COLLINS, Patricia Hill (2016). Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Tradução de Juliana de Castro Galvão. Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, p. 99-127. https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100006

» https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100006

DAVIS, Angela (2016). Mulheres, raça e classe São Paulo: Boitempo.

DUARTE, Eduardo de Assis (2008). Literatura afro-brasileira: um conceito em construção. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 31, p. 11-23.

DUSSEL, Enrique (1994). 1492 – El Encubrimiento del Otro: Hacia el Origen del “Mito de la Modernidad”. La Paz: Plural.

EVARISTO, Conceição (2005). Gênero e etnia: uma escre(vivência) de dupla face. In: MOREIRA, Nadilza Martins de Barros; SCHNEIDER, Liane (org.). Mulheres no mundo: Etnia, marginalidade e diáspora. João Pessoa: Ed. Universitária; Ideia. p. 201-212.

EVARISTO, Conceição (2006). Becos da memória Belo Horizonte: Mazza.

EVARISTO, Conceição (2009). Literatura negra: uma poética de nossa afro-brasilidade. Revista Literatura Scripta, Belo Horizonte, v. 13, n. 25, p. 17-31.

EVARISTO, Conceição (2011). Depoimento. In: DUARTE, Eduardo de Assis; FONSECA, Maria Nazareth Soares (org.). Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Belo Horizonte: Editora UFMG. v. 4. p. 103-116.

FELSKI, Rita (2003). Literature after feminism Chicago: University of Chicago Press.

FOUCAULT, Michel (1999). As palavras e as coisas: uma arqueologia das Ciências Humanas. São Paulo: Martins Fontes.

FOUCAULT, Michel (2008). A arqueologia do saber Rio de Janeiro: Forense Universitária.

FREDERICO, Graziele; MOLLO, Lúcia Tormin; DUTRA, Paula Queiroz (2017). “Quem não se afirma não existe”: entrevista com Cristiane Sobral. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, n. 51, p. 254-258. https://doi.org/10.1590/2316-40185114

» https://doi.org/10.1590/2316-40185114

GINZBURG, Jaime (2012). O narrador na literatura brasileira contemporânea. Tintas. Quaderni di letterature iberiche e iberoamericane, v. 2, p. 199-221. Tradução. Disponível em: http://riviste.unimi.it/index.php/tintas/article/view/2790/2999 Acesso em: 26 nov. 2022.

» http://riviste.unimi.it/index.php/tintas/article/view/2790/2999

GONÇALVES, Ana Maria (2009). Um defeito de cor Rio de Janeiro: Record.

GONZALEZ, Lélia (1982). A mulher negra na sociedade brasileira. In: MADEL, L. (org.). O lugar da mulher: estudos sobre a condição feminina na sociedade atual. Rio de Janeiro: Edições Graal. p. 1-14.

GROSFOGUEL, Ramón (2009). Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (org.). Epistemologias do Sul Coimbra: Almedina. p. 115-147.

JESUS, Carolina Maria de (1960). Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Francisco Alves.

KILOMBA, Grada (2019). Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó.

LUGONES, María (2008). Colonialidad y género. Tabula Rasa, Bogotá, n. 9, p. 73-101.

MIGNOLO, Walter (2008). Histórias locais/projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: Editora UFMG.

MIGNOLO, Walter (2017). Colonialidade, o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 32, n. 94, e329402. https://doi.org/10.17666/329402/2017

» https://doi.org/10.17666/329402/2017

OYEWÙMÍ, Oyéronké (2017). La invención de las mujeres: una perspectiva africana sobre los discursos occidentales de género. Bogotá: En la Frontera.

QUIJANO, Aníbal (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber, eurocentrismo e ciências sociais Buenos Aires: Clacso. p. 107-130.

RANCIÈRE, Jacques (1995). Políticas da escrita Tradução de Raquel Ramalhete. Rio de Janeiro: 34.

RANCIÈRE, Jacques (2005). A partilha do sensível: estética e política. Tradução de Mônica Costa Netto. São Paulo: 34.

SANTIAGO, Ana Rita (2012). Vozes literárias de escritoras negras Cruz das Almas: UFRB.

SARTRE, Jean-Paul (1993). O que é literatura? Tradução de Carlos Felipe Moisés. São Paulo: Ática.

SOARES, Vera (2000). O verso e reverso da construção da cidadania feminina, branca e negra no Brasil. In: GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo; HUNTLEY, Lynn (org.). Tirando a máscara: ensaios sobre o racismo no Brasil. São Paulo: Paz e Terra. p. 257-282.

SPIVAK, Gayatri C. (2010). Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG.

Publicado

2024-11-06

Cómo citar

Oliveira, V. A. de, & Mineiro, I. B. (2024). El reparto de lo sensible en contextos de exclusión: reflexiones sobre la escritura afrofemenina en la contemporaneidad. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (72). Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/56031