Cifras da língua: a poética e o desbabelizar de Antonia Torreão Herrera
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-40186504Palavras-chave:
Babel, Antonia Torreão Herrera, línguaResumo
O presente texto, Cifras da língua: a poética e o desbabelizar de Antonia Torreão Herrera, versa sobre uma análise do livro-poema Babel, de Antonia Torreão Herrera (2020). A partir do perfil múltiplo intelectual de Antonia Torreão Herrera, busca-se discutir como a reflexão teórica sobre a língua se constrói na escrita poética de Babel. Assim, o objetivo é discutir como a poética de Antonia Torreão Herrera entrelaça suas reflexões teóricas e poéticas para possibilitar uma escrita que desloca os sentidos da língua e do fazer artístico, buscando uma ética democrática do saber e da arte. Dessa forma, será utilizado o conceito de “técnica de si” de Michel Foucault, no intuito de pensar o processo de criação de uma intelectual múltipla. A discussão principal versará sobre o termo “desbabelizarm”, partindo de uma reflexão teórica sobre a língua e a sua configuração ao utilizar os conceitos de suplemento de Jacques Derrida e dos pensamentos Jacques Rousseau e Jean Starobinski, assim como o conceito de grau-zero de Roland Barthes. Para Herrera, o grau-zero é a própria literatura, a língua enquanto pertencimento e dilaceramento. Assim, será possível interpretar as imagens e as cifras do projeto criativo de Babel, delimitando as coordenadas que sustentam os mecanismos de trituração das referências artísticas e do texto poético, possibilitando um pulsar criativo da vida através da própria língua.
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