A plenitude de um vazio em que a pobreza não é mais paisagem:
a periferia em Paulo Lins e Ferréz
DOI:
https://doi.org/10.1590/S2316-40182013000100005Resumen
Este artigo pretende situar os romances Cidade de Deus de Paulo Lins e Capão Pecado e Manual prático do ódio de Ferréz no panorama dos ‘novos realismos’ brasileiros contemporâneos, avaliando as escolhas temáticas e as técnicas e procedimentos narrativos. Aliás, este estudo analisa a originalidade da sua prosa, notando a cautelosa distância da sua fi losofi a estética e os elementos fundamentais do seu universo literário ”“ pobreza, crime e desigualdade ”“ a respeito de qualquer cultura extrema da violência. A análise destes livros procura revelar outra perspectiva do problema da imagem da cidade e da pobreza urbana, normalmente sensacionalista, e contribuir a uma melhor compreensão da complexidade da violência quotidiana nas comunidades urbanas pobres.Descargas
Citas
AGOSTINHO (1993). A Cidade de Deus. Vol. II. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
APPADURAI, Arjun (1996). Etnopaisagens globais: notas e perguntas pra uma antropologia transnacional. In: Dimensões culturais da globalização. Lisboa: Teorema.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola (1979). Zero. 5. ed. Rio de Janeiro: Codecri.
BUARQUE, Chico (1992). Estorvo. Lisboa: Dom Quixote.
BUTOR, Michel (1967). Sobre literatura. 2. ed. Barcelona: Seix Barral.
CALVINO, Italo (1998). As cidades invisíveis. Vigo: Xerais.
CANESI, Jean (1990). Cidade miseravilhosa. In: Revue Autrement, n. 42, p. 19-36. Rio de Janeiro: La beauté du diable.
CASTRO, Ruy (2006). Rio de Janeiro: Carnaval no fogo. Porto: ASA.
CHESTERTON, Gilbert Keith (2008). Lectura y locura. Salamanca: Espuela de Plata.
CIORAN, Emil (1981). Historia y utopía. Barcelona: Tusquets.
DALCASTAGNÈ, Regina (2005). Entre fronteiras e cercado de armadilhas: problemas da representação na narrativa brasileira contemporânea. Brasília: Editora UnB.
ELIOT, T. S. (1982). The complete poems and plays of T. S. Eliot. London: Faber and Faber.
ESPÃNOLA, Adriano (1998). Fala, favela / Voilà favela. 2. ed. Rio de Janeiro: Topbooks.
FERNANDES, José Manuel; DIAS, Manuel Graça (1989). “Imaginários à solta em Lisboa”. In: O imaginário da cidade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian; ACARTE.
FERRÉZ (2005). Capão Pecado. Lisboa: Palavra.
FERRÉZ (2006). Manual prático do ódio. Lisboa: Palavra.
FONSECA, Rubem (2006). Ela e outras mulheres. São Paulo: Companhia das Letras.
HUXLEY, Aldous (1964). Literatura y ciencia. Barcelona: Edhasa.
IVO, Lêdo (1968). Estação central. 2. ed. Rio de Janeiro: Orfeu.
JESUS, Carolina Maria de (1963). Pedaços da fome. São Paulo: Aquila.
LA ROTTA, Guillermo Pérez (2003). Génesis y sentido de la ilusión fílmica. Bogotá: Siglo del Hombre.
LINS, Paulo (2003). Cidade de Deus. Lisboa: Caminho.
MONTENEGRO, Ana Maria (1990). Métropole internationale. Autrement, n. 42, Rio de Janeiro: La beauté du diable, p. 38-48.
MOREL, Marco (1990). Enfants des rues. Autrement, n. 42, Rio de Janeiro: La beauté du diable, p. 75-79.
MORTON, Adam (2005). On evil. Oxon: Routledge.
PIMENTA, Alberto (1989). A Cidade N. In: O imaginário da cidade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian; ACARTE.
PINTO, Manuel da Costa (2005). Panorama de la prose brésilienne. Europe: Revue littéraire mensuelle, n. 83, p. 29-44.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
a) Los (los) autores (s) conservan los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, siendo el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons de Atribución-No Comercial 4.0, lo que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y publicación inicial en esta revista.
b) Los autores (a) tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y reconocimiento publicación inicial en esta revista.
c) Los autores tienen permiso y se les anima a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) después del proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (ver el efecto del acceso libre).
d) Los (as) autores (as) de los trabajos aprobados autorizan la revista a, después de la publicación, ceder su contenido para reproducción en indexadores de contenido, bibliotecas virtuales y similares.
e) Los (as) autores (as) asumen que los textos sometidos a la publicación son de su creación original, responsabilizándose enteramente por su contenido en caso de eventual impugnación por parte de terceros.