A escrita comovida de João Anzanello Carrascoza

Autores/as

  • Miguel Conde

Resumen

A narração impassível, que emula em sua indiferença a brutalidade dos episódios descritos, caracteriza as ficções de mais visibilidade crítica e midiática na produção literária brasileira dos anos 1990. A atenção recebida por esse realismo mimético, que aposta no choque como estratégia de apreensão imediata do real, contribui para a criação de um contexto em que a narração comovida é percebida como ingênua, ou suspeita. A recepção dos contos de João Anzanello Carrascoza, descritos como fronteiriços entre o sublime e o kitsch, é um exemplo disso. Mas, nessas histórias, a comoção não resulta de uma negação do real, e sim do reconhecimento daquilo que ele tem de inelutável e “idiota”, como disse Clément Rosset.

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Citas

CARRASCOZA, João Anzanello. Hotel solidão. São Paulo: Scritta, 1994.

_______. O vaso azul. São Paulo: Ática, 1998.

_______. Duas tardes. São Paulo: Boitempo, 2002.

_______. Meu amigo João. São Paulo: Melhoramentos, 2003.

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Publicado

2011-01-03

Cómo citar

Conde, M. (2011). A escrita comovida de João Anzanello Carrascoza. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (34), 223–232. Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9643

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Sección Tema Libre