Compondo temporalidades: o colonial e a ditadura nas narrativas brasileiras do século XXI

Autores/as

  • Lua Gill da Cruz Universidad de Chile, Santiago

Palabras clave:

literatura contemporánea brasileña, dictadura militar, justicia de transición, colonialidad

Resumen

Contar un período histórico está directamente relacionado con cuestiones políticas, sociales, históricas, culturales y temporales. En el caso de la dictadura militar brasileña se sigue produciendo “lo que fue” (o lo que es), ya sea en la historiografía o en la literatura. Sin embargo, muchas de estas historias aún no se han contado y siguen olvidadas, excluidas o ignoradas. En este texto examinaremos los puntos ciegos de esta historia, discutiendo la relación y la composición de las temporalidades coloniales y dictatoriales y observando qué historias de violencia y resistencia se contaron, y cómo se escribieron y movilizaron, incluso años después de los procesos de justicia transicional y reparación, en el presente y en la literatura, desde las narrativas Nem tudo é silêncio (2010, de Sonia Bischain, la llamada Trilogia Infernal, compuesta por los libros Aqui, no coração do inferno (2016), O peso do coração do homem (2017), y O amor, esse obstáculo (2018), de Micheliny Verunschk, en mayor medida, y, en menor medida, las obras Ainda estou aqui (2015), de Marcelo Rubens Paiva y Antes do passado (2012), de Liniane Brum.

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VERUNSCHK, Micheliny (2018). O amor, esse obstáculo. São Paulo: Patuá Editora.

Publicado

2022-07-27

Cómo citar

Gill da Cruz, L. . (2022). Compondo temporalidades: o colonial e a ditadura nas narrativas brasileiras do século XXI. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (65), 1–14. Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/44381