Vestígios do topos do panegírico na poesia de Geraldo Carneiro
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-40184915Resumen
Este artigo analisa o poema “a ideia da mulher”, de Geraldo Carneiro, inserido em Balada do impostor (2006), procurando observar sua relação com a tópica trovadoresca do panegírico da mulher amada estudada por Segismundo Spina (2009). Procura interpretar o poema, contrastando o modo e o efeito que o aproveitamento do tópico pode acarretar na produção de versos contemporâneos baseados em temas de origem tão remota (século XIII) e de suporte ideológico tão distinto: a misoginia que atravessa o elogio idealista dos trovadores.
Descargas
Citas
AGAMBEN, Giorgio (2009). O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Tradução de Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos.
ALMEIDA, Horácio de (1981). Dicionário de termos eróticos e afins. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
ASCHER, Nelson (2005). Parte alguma (1997-2004). São Paulo: Cia. das Letras.
ASCHER, Nelson (2006). Orelha. In: CARNEIRO, Geraldo. Balada do impostor. Rio de Janeiro: Garamond.
BLOCH, R. Howard (1995). Misoginia medieval e a invenção do amor romântico ocidental. Tradução de Cláudia Moraes. Rio de Janeiro: Editora 34.
BRITTO, Paulo Henriques (2012). Formas do nada. São Paulo: Cia. das Letras.
CAMÕES, Luís de (1973). Rimas. Edição de Álvaro Júlio da Costa Pimpão. Coimbra: Atlântida.
CAMPOS, Augusto de (Trad.) (1987). Mais provençais. Seleção de Augusto de Campos. São Paulo: Companhia das Letras.
CARNEIRO, Geraldo (2006). Balada do impostor. Rio de Janeiro: Garamond.
CUNHA, Antônio Geraldo da (1994). Dicionário etimológico da língua portuguesa. 2. ed. rev. e acresc. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
CURTIUS, Ernst Robert (1979). Literatura européia e Idade Média latina. Tradução de Teodoro Cabral. 2. ed. Brasília: Instituto Nacional do Livro.
ELLIOT, Thomas Stearns (1989). Tradição e talento individual. In: ELLIOT, Thomas Stearns. Ensaios. Tradução de Ivan Junqueira. São Paulo: Art, p. 37-48.
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles (2001). Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de janeiro: Objetiva.
KAYSER, Wolfgang (1976). Análise e interpretação da obra literária: introdução à ciência da literatura. 6. ed. rev. Tradução de Paulo Quintela. Coimbra: Arménio Amado.
MAGNE, Augusto (1967). Glossário da Demanda do Santo Graal. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 3 v.
MONGELLI, Lênia Márcia (Org.) (2009). Fremosos cantares: antologia da lírica medieval galego-portuguesa. São Paulo: Martins Fontes.
NOGUEIRA, Érico (2010). Dois. São Paulo: É Realizações.
QUEVEDO, Rafael Campos (2014). O lugar da investigação dos topoi na lírica contemporânea de língua portuguesa: considerações metodológicas. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL DE ESTUDOS LINGUÃSTICOS E
LITERÁRIOS, 3., 27 e 29 ago. 2014, Maringá. Anais... Maringá: UEM. Disponível em: <http://goo.gl/Hj0REL>. Acesso em: 2 maio 2015.
RIQUER, Martín de (1992). Los trovadores: historia literaria y textos. Barcelona: Planeta, t. 2.
SANT’ANNA, Affonso Romano de (1999). Intervalo amoroso e outros poemas escolhidos. Porto Alegre: L&PM Pocket.
SANTIAGO, Silviano (2006). Orelha. In: CARNEIRO, Geraldo. Balada do impostor. Rio de Janeiro: Garamond.
SILVA, Vítor Manuel de Aguiar e (2007). A comunicação literária. In: SILVA, Vítor Manuel de Aguiar e. Teoria da literatura. 8. ed. Coimbra: Almedina, p. 181-338.
SPINA, Segismundo (2009). Do formalismo estético trovadoresco. São Paulo: Ateliê.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
a) Los (los) autores (s) conservan los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, siendo el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons de Atribución-No Comercial 4.0, lo que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y publicación inicial en esta revista.
b) Los autores (a) tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y reconocimiento publicación inicial en esta revista.
c) Los autores tienen permiso y se les anima a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) después del proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (ver el efecto del acceso libre).
d) Los (as) autores (as) de los trabajos aprobados autorizan la revista a, después de la publicación, ceder su contenido para reproducción en indexadores de contenido, bibliotecas virtuales y similares.
e) Los (as) autores (as) asumen que los textos sometidos a la publicación son de su creación original, responsabilizándose enteramente por su contenido en caso de eventual impugnación por parte de terceros.