Verdade, ficção e memórias da violência na narrativa de Valêncio Xavier
DOI:
https://doi.org/10.1590/S2316-40182013000100011Resumo
Este artigo propõe (re)pensar o conjunto da obra Rremembranças da menina de rua morta nua e outros livros (2006), a partir de alguns dos sete contos que compõem esta publicação. Tomando a narrativa como ponto de partida, serão apontados rastros de memórias de uma violência social sistêmica, vendável, marcados pela pobreza, exploração e miséria humana. A proposta parte também da tentativa de recuperar e problematizar alguns aspectos da complexa discussão teórica que se estabelece entre a literatura, a história e a escrita do vivido. A reflexão passa pela finalidade da construção de conhecimentos que fundamentem o trabalho com a dimensão histórica de textos literários, procurando apontar para uma possível dissolução das fronteiras rígidas e binárias que por vezes se estabelecem entre esses campos do saber.Downloads
Referências
BARTHES, Roland (1984). A câmera clara: notas sobre a fotografia. Tradução de Júlio Castañon Guimarães. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
DEBORD, Guy (1997). A sociedade do espetáculo. 2. ed. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto.
DERRIDA, Jacques (2001). Posições. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva. Belo Horizonte: Autêntica.
HEUSER, Ester Maria Dreher (2008). No rastro da filosofi a da diferença. In: Derrida & a educação. Belo Horizonte: Autêntica.
ISER, Wolfgang (1996). Os atos de fingir ou o que é fictício no texto ficcional. In: COSTA LIMA, Luiz. Teoria da literatura em suas fontes. 1. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves. v. 2.
KLINGER, Diana Irene (2007). A escrita de si: o retorno do autor. In: Escritas de si, escritas do outro: o retorno do autor e a virada etnográfica. Rio de Janeiro: 7 letras.
KOBS, Verônica Daniel (2010). A literatura, o jornal e as verdades dos fatos. Miscelânea, Assis, v. 8, p. 108-124, jul./dez.
LEHMANN, Hans-Thies (2007). Teatro pós-dramático. Tradução de Pedro Süssekind. São Paulo: Cosac Naify.
LEJEUNE, Philippe (2008). O pacto autobiográfi co. In: O pacto autobiográfico: de Rousseau à Internet. Belo Horizonte: Editora UFMG.
LIMA, Luiz Costa (1989). A narrativa na escrita da história e da ficção. In: A aguarrás do tempo: estudos sobre a narrativa. Rio de Janeiro: Rocco.
MIGUEL, Fernanda V. C. et al. (2011). Limiares da ficcionalidade na escrita de Valêncio Xavier. XIII CONGRESSO DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UFES: Que autor sou eu? Deslocamentos, experiências, fronteiras, Vitória. Anais... Vitória: UFES (no prelo).
NEVES, Ligia Amorim (2006). Um estudo sobre a escrita literária de Valêncio Xavier. Acta Scientiarum: Human and Social Sciences, Maringá, v. 8, n. 1, p. 37- 46.
ROCHA, Reuben (2009). Ficção-Verdade: fronteira semiótica na montagem narrativa de Valêncio Xavier. Rumores, São Paulo, v. 1. Disponível em: <http://www3.usp.br/rumores/visu_art2.asp?cod_atual=152 >. Acesso em 24 fev. 2013.
SANTIAGO, Silviano (2004). O falso mentiroso: memórias. Rio de Janeiro: Rocco.
SILVA, Fernando Manuel Machado Arnaldo Pinto da (2009). Da literatura, do corpo e do corpo na literatura: Derrida, Deleuze e monstros no Renascimento. Dissertação (Mestrado em Literatura e Poéticas Comparadas) ”“ Universidade da Beira Interior.
WHITE, Hayden (1994). O texto histórico como artefato literário. In: Trópicos do discurso: ensaios sobre a crítica da cultura. Tradução de Alípio Correia de Franca Neto. São Paulo: Edusp.
XAVIER, Valêncio (2006). Rremembranças da menina de rua morta nua e outros livros. São Paulo: Companhia das Letras.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os(as) autores(as) mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons de Atribuição-Não Comercial 4.0, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
b) Os(as) autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) Os(as) autores(as) dos trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
e) Os(as) autores(as) assumem que os textos submetidos à publicação são de sua criação original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.