Ficções da memória ou a memória da ficção:

Cecília Meireles e Dulce María Loynaz

Autores

  • Aimeé G. Bolaños

DOI:

https://doi.org/10.1590/S2316-40182012000200006

Resumo

Dulce María Loynaz e Cecília Meireles são lidas como poetas que compartilham, com suas poéticas singulares, uma estética memorialista e reflexiva, simbolistas extemporâneas, inclassificáveis. Sobre temporalidade, saberes e genealogia, funções principais da memória, reflete este artigo que se aprofunda em Últimos dias de una casa (1958) e Solombra (1963), poemas-livros da problemática do ser na temporalidade e dos processos de constituição/destruição da identidade que acontecem, precisamente, no tempo humano da memória. Estudam-se esses poemas de ficção do memorável nas suas diferenciadas formas de compor e significar ao coletar e preservar vestígios da memória injuriada, mutilada, ferida de morte, configurando uma volta ao passado imaginado, mas também uma abertura às “memórias do porvir” em uma poética paradoxal da memória incólume e devastada.

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Biografia do Autor

Aimeé G. Bolaños

Doutora em ciências filosófi cas. Poeta e ensaísta, professora de literatura do Instituto de Letras e Artes e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, Brasil, e professora adjunta da Universidade de Ottawa, Canadá.

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Publicado

12/20/2012

Como Citar

Bolaños, A. G. (2012). Ficções da memória ou a memória da ficção:: Cecília Meireles e Dulce María Loynaz. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (40), 81–98. https://doi.org/10.1590/S2316-40182012000200006