Paula Glenadel e Elvira Vigna: agoridade da literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/2316-40187104

Palavras-chave:

Paula Glenadel; Elvira Vigna; natalidade; androginia; agoridade

Resumo

Tomando como objeto central os poemas compilados em A fábrica do feminino, de Paula Glenadel (2008), e o romance Como se estivéssemos em palimpsesto de putas, de Elvira Vigna (2016), mas recorrendo igualmente a outras obras das autoras, o artigo questiona o que neles se guarda sobre a possibilidade de nascimento do novo. Parte, então, da discussão de Walter Benjamin rubricada sob o conceito de agoridade (Jetztzeit) e investiga a relação entre androginia e natalidade como ruptura com a vida orgânica (Zoé), e a aposta que as autoras fazem na vida simbólica (Bíos) como possibilidade da política. Seria a androginia — a diluição da diferença entre o masculino e o feminino, mas sobretudo entre o Outro e o Eu —, buscamos sustentar, a aposta que suas literaturas mimetizam como alternativa à instrumentalidade da política contemporânea.

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Publicado

02/19/2024

Como Citar

Kremer, N. S., & Vaz, A. F. (2024). Paula Glenadel e Elvira Vigna: agoridade da literatura. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (71), 1–27. https://doi.org/10.1590/2316-40187104