A liquidez da modernidade na narrativa de Sérgio Sant’Anna: representações do desejo e da violência
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-40186215Palavras-chave:
modernidade líquida, desejo e violência, “O embrulho da carne”, Sérgio Sant’AnnaResumo
O presente trabalho embarca em um voo ambivalente que transporta representações da modernidade líquida – metáfora da fluidez da “existência” contemporânea, desenvolvida pelo sociólogo Zygmunt Bauman. Inseridos em tal cenário líquido, os relacionamentos humanos ocupam o cerne das atenções na produção artística brasileira contemporânea. O propósito deste artigo é destacar os temas suscitados nos meandros das narrativas de tal modernidade, tais como o desejo, o medo e a violência. Para tanto, apresentar-se-á uma interpretação pautada na visão estético-recepcional de Hans Robert Jauß do conto “O embrulho da carne”, da obra O voo da madrugada (2003), do escritor brasileiro Sérgio Sant’Anna.
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