A tradução como particular experiência de leitura: Triz, de Pedro Süssekind
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-40185712Palavras-chave:
leitura, tradução, projeção, Triz, Pedro SüssekindResumo
Levando em consideração que a leitura ”“ sob a perspectiva hermenêutica de Jauss (1993) ”“ é, acima de tudo, um ato interpretativo, privilegiando, de maneira fulcral, o papel do leitor-receptor da obra literária, o presente estudo visa verificar com que recursos procedimentais o romance brasileiro contemporâneo Triz (2011), de Pedro Süssekind, atualiza essa máxima. Além disso, pretende-se observar como, aqui, dialogam os “efeitos da leitura romanesca” (nos termos propostos por Calabrese, 2009) com o conceito de “pulsão de traduzir” (estabelecido por Ricoeur, 2011), uma vez que o protagonista da obra é um narrador, leitor, estudioso de Literatura Russa, que se dedica à tradução do romance de um autor russo fictício. Sendo um leitor muito particular, de certa forma, anula a si mesmo para eleger uma “morada virtual” no texto, numa espécie de “projeção dirigida” (Gombrich, 2007).
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Referências
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