ARTE E VIDA EM NIETZSCHE: O ESCOPO ESTÉTICO DE O NASCIMENTO DA TRAGÉDIA E HUMANO, DEMASIADO HUMANO

DOI:

https://doi.org/10.18830/issn2238-362X.v10.n1.2020.06

Resumo

Partindo da perspectiva do filósofo Friedrich Nietzsche em suas obras O Nascimento da Tragédia (1872) e Humano, demasiado humano (1878), o presente trabalho tem como objetivo analisar a relação arte e vida. Dada a influência de Arthur Schopenhauer (1788 ”“ 1860) na obra do jovem Nietzsche, consideramos inicialmente os conceitos de conhecimento, vontade e arte no primeiro autor a fim de melhor compreendermos o pensamento do segundo. Adiante, das reflexões nietzschianas, apresentamos o florescimento e declínio da arte na Grécia clássica: salientamos de modo sucinto a representação da filosofia e ciência que, por sua vez, tomaram o lugar da arte e se tornaram o ponto de partida para uma avaliação sobre a vida como vontade de potência. A pesquisa tem caráter bibliográfico e averigua nas obras dos filósofos mencionadas o debate acerca da estética moderna, mas também expande tal compreensão examinando os posicionamentos de autores como Machado (1985) e Marton (2006). Demonstramos o antagonismo entre ciência e arte a partir do critério de verdade nietzschiano, concluindo que, segundo o filósofo, é preciso que o Ocidente desmistifique o conhecimento científico a fim de recuperar a própria verdade do mito e a arte como vontade de vida.

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Referências

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Publicado

01-07-2020

Como Citar

ARTE E VIDA EM NIETZSCHE: O ESCOPO ESTÉTICO DE O NASCIMENTO DA TRAGÉDIA E HUMANO, DEMASIADO HUMANO. (2020). Revista Estética E Semiótica, 10(1), 83–92. https://doi.org/10.18830/issn2238-362X.v10.n1.2020.06