LEI NATURAL, CAUSALIDADE E DESTINO: alguns apontamentos sobre a relação entre as moiras e os deuses em Ésquilo

Autores

  • Eryc de Oliveira Leão Universidade de Coimbra ”“ UC; Instituto Federal de Brasília - IFB

DOI:

https://doi.org/10.18830/issn2238-362X.v6.n2.2016.02

Palavras-chave:

Natureza, Destino, Zeus, Moiras, Ésquilo

Resumo

O que se lê nas próximas páginas é o início de um estudo dos conceitos de Natureza, Destino e Causalidade Natural, de importância central à física grega e a toda a história da ciência posterior, por meio de estudo filológico e lexicológico de figuras mitológicas olímpicas ”“ responsáveis, cada uma, por uma parte da natureza ”“ e das Moiras, responsáveis pela partilha inicial das responsabilidades, pela divisão dos domínios naturais entre os deuses e, de modo geral, pelo estabelecimento daquilo que poderia ser chamado de lei natural da qual os olímpicos não poderiam escapar. Esse trabalho segue de perto a tese de historiadores como Cornford e Dodds, segundo a qual as categorias do pensamento filosófico e científico sobre a natureza carregam traços e sobrevivências vigorosas de categorias do pensamento religioso primitivo, e são melhor entendidas nesse contexto geral. Ésquilo foi escolhido dentre os tragediógrafos clássicos por ser considerado um espelho mais fiel da tradição homérica e religiosa de seu período e melhor porta de entrada para o  assunto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eryc de Oliveira Leão, Universidade de Coimbra ”“ UC; Instituto Federal de Brasília - IFB

 Mestre em Filosofia Antiga pela Universidade de Brasília ”“ UnB e doutorando em Estudos Clássicos na Universidade de Coimbra ”“ UC.

Referências

Fontes primárias

ÉSQUILO. “Os Persas”. In: Tragédias. Tradução: Torrano, Jaa. Iluminuras, São Paulo, 2009a.

__________. “Os Sete contra Tebas”. In: Tragédias. Tradução: Torrano, Jaa. Iluminuras, São Paulo, 2009b.

__________. “As Suplicantes”. In: Tragédias. Tradução: Torrano, Jaa. Iluminuras, São Paulo, 2009c.

__________. “Prometeu cadeeiro”. In: Tragédias.

Tradução: Torrano, Jaa. Iluminuras, São Paulo,

d.

__________. Orestéia II. Coéforas. Estudo e tradução de Torrano, J. Iluminuras & Fapesp: São Paulo, 2004.

__________. Les Perses. Texto estabelecido e traduzido por Paul Mazon. Introdução e notas de Philippe Brunet. Les Belles Lettres: Paris, 2002.

__________. Tragicorum Graecorum fragmenta. Vol. 3: Aeschylus. Ed.: Radt, S. Vandenhoeck&Runprecht: Göttingen, 1985.

__________. Prometheys Bound. Edição de: Mark Griffith, Cambridge, 1983.

__________. Die Fragmente der tragödien des Aischylos. Ed.: Mette, H. J. Akademie-Verlag: Berlin, 1959.

__________. Aeschyli tragoediae. Ed. Murray, G. 2nd edn. Clarendon: Oxford, 1955.

HOMERO. HomeriIlias, vols. 2-3. Ed.: Allen, T.W. Clarendon Press: Oxford, 1931.

__________. Odisseia. Tradução, prefácio e introdução:Lourenço, F. 3ª ed. de bolço. Livros Cotovia: Lisboa, 2014.

__________. Ilíada. Tradução e prefácio: Lourenço, F. Penguin Classics &Companhia das Letras: São Paulo, 2013.

Fontes secundárias

BRANDÃO, Junito de Souza (1997). Mitologia grega. Volume I. 11ª edição.Vozes: Petrópoles.

CORNFORD, F. M. (1957). From Religion to Philosophy ”“ A Study in The Origins of Western Speculation. Harper&Brothers: New York.

DODDS, E.R. (2002). Os gregos e o irracional. Tradução de Oneto, Paulo Domenech. Escuta: São Paulo.

EGGER, Max (1920). Histoire de la Littérature Grecque. 26e ed. Librairie Classique Delaplane: Paris.

FREIRE, Antônio S. J. Conceito de Moîrana Tragédia Grega. Livraria Cruz: Braga, 1969.

GREENE, W. C. (1944). Moira, Fate, Good, and Evil in Greek Thought. University Press: Harvard.

MARTIN, A. S. (1918). “Predestination”, in: J. Hastings and J. A. Selbie (eds.), Encyclopaedia of Religion and Ethics, vol. 10, T&T Clark and Charles Scribner’s Sons: Edinburgh and New York, pp.225”“35.

NILSSON, Martin P. (1948) Greek Piety. London (Oxford).

SEWELL-RUTTER, N. J. (2007). “Guilt by descent. Moral in heritance and decision making in greek tragedy.” University Press: Oxford.

SOLMSEN, F. Hesiod and Aeschylus. Cornell University Press: Ithaca, 1949.

ZIELIŃSKI, T. (1926). The Religion of Ancient Greece:

An Outline, translatedy from the polish by G. R.

Noyes. University Press: Oxford.

Instrumentos

BAILLY, Anatole (1950). Dictionnaire Grec-Français.

Hachette: Paris.

FREIRE, Antônio (1971). Gramática Grega. Livraria

Apostolado da Imprensa: Porto.

LIDDEL, H.G. & SCOTT, R. & JONES, H.S. & McKENZIE,

R. (1940).A Greek-English Lexicon, 9th edition,

Clarendon Press: (Oxford).

MALHADAS, D. & DEZOTTI, M.C. & NEVES, M.H.de M.

(Coord.) (2006a). Dicionário grego-português (DGP):

vol I: α-δ. Ateliê Editorial: São Paulo.

__________ (2006b). Dicionário grego-português (DGP):

vol II: ε-ι. Ateliê Editorial: São Paulo.

__________ (2006c). Dicionário grego-português (DGP):

vol III: κ-ο. Ateliê Editorial: São Paulo.

__________ (2006d). Dicionário grego-português (DGP):

vol IV: Ï€-ρ. Ateliê Editorial: São Paulo.

__________ (2006e). Dicionário grego-português (DGP):

vol V: σ-ω. Ateliê Editorial: São Paulo.

MURACHO, Henrique (2001). Língua Grega: Visão semântica, lógica, orgânica e funcional. Vozes: Petrópolis.

Downloads

Publicado

21-12-2016

Como Citar

Leão, E. de O. (2016). LEI NATURAL, CAUSALIDADE E DESTINO: alguns apontamentos sobre a relação entre as moiras e os deuses em Ésquilo. Revista Estética E Semiótica, 6(2). https://doi.org/10.18830/issn2238-362X.v6.n2.2016.02

Edição

Seção

Artigos