LEI NATURAL, CAUSALIDADE E DESTINO: alguns apontamentos sobre a relação entre as moiras e os deuses em Ésquilo
DOI:
https://doi.org/10.18830/issn2238-362X.v6.n2.2016.02Palavras-chave:
Natureza, Destino, Zeus, Moiras, ÉsquiloResumo
O que se lê nas próximas páginas é o início de um estudo dos conceitos de Natureza, Destino e Causalidade Natural, de importância central à física grega e a toda a história da ciência posterior, por meio de estudo filológico e lexicológico de figuras mitológicas olímpicas ”“ responsáveis, cada uma, por uma parte da natureza ”“ e das Moiras, responsáveis pela partilha inicial das responsabilidades, pela divisão dos domínios naturais entre os deuses e, de modo geral, pelo estabelecimento daquilo que poderia ser chamado de lei natural da qual os olímpicos não poderiam escapar. Esse trabalho segue de perto a tese de historiadores como Cornford e Dodds, segundo a qual as categorias do pensamento filosófico e científico sobre a natureza carregam traços e sobrevivências vigorosas de categorias do pensamento religioso primitivo, e são melhor entendidas nesse contexto geral. Ésquilo foi escolhido dentre os tragediógrafos clássicos por ser considerado um espelho mais fiel da tradição homérica e religiosa de seu período e melhor porta de entrada para o assunto.
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