(DES)ENVOLVIMENTO REGIONAL NO TOCANTINS: DA FRONTEIRA PIONEIRA AO ESPAÇO ESTRATÉGICO DO AGRONEGÓCIO
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562019e40212Palavras-chave:
indicadores sociais, políticas territoriais, frente de expansãoResumo
A ideia de desenvolvimento abordada no texto sintetiza o projeto civilizatório, tanto pela via liberal e capitalista, como pela via social, democrata e socialista. Desenvolvimento é o nome síntese da ideia de dominação da natureza, e ser desenvolvido é ser urbano, industrializado, enfi m, é ser tudo aquilo que nos afaste da natureza e que nos coloque diante de constructos humanos, como a cidade e a indústria. A ideia de desenvolvimento está associada à modernidade - ser moderno é ser desenvolvido, é estar em desenvolvimento. O objetivo do artigo foi levantar uma discussão sobre os indicadores sociais dos municípios de Campos Lindos, Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão, Pedro Afonso e Porto Nacional no Tocantins no período de 1991 a 2014, com o intuito de verifi car os impactos sociais e econômicos do agronegócio sobre a população local. Descreveu-se os desdobramentos sociais que a atividade econômica do agronegócio pode impactar sobre a população nas regiões onde essa atividade atua. Os procedimentos metodológicos basearam-se no método qualitativo e quantitativo e em uma revisão bibliográfi ca sobre o debate teórico a respeito da relação entre a atividade econômica do agronegócio e as condições sociais da população local. Tais procedimentos foram organizados e executados a partir de uma análise teóricocrítica sobre os desdobramentos sociais da instalação do agronegócio na fronteira no Tocantins. Concluiu-se que o crescimento econômico proporcionado pelo agronegócio não necessariamente atua de forma adequada no desempenho dos indicadores sociais de forma positiva.
Downloads
Referências
BARBOSA, Y. M. (1996). Confl itos sociais na fronteira Amazônica. O projeto Rio Formoso. Campinas-SP: Papirus, 1996.
CALAÇA, Manoel. (2013). A territorialização do capital no Cerrado: uma abordagem metodológica. In: SANTOS, Roberto. Et alli (Org.). Território e Diversidade Territorial do Cerrado: cidades, projetos regionais e comunidades tradicionais. Goiânia: Ed. Kelps, 2013. p. 19-36. 352 p.
CERQUEIRA, Eder da Silva. (2016). Agronegócio x desenvolvimento: espaços estratégicos do agronegócio no estado do Tocantins e o índice de desenvolvimento humano. Revista Produção Acadêmica – Núcleo De Estudos Urbanos Regionais E Agrários/ NURBA – Vol. 2 N. 1 (Junho, 2016), p. 05-32 e da frente pioneira. Tempo Social. Rev. Sociologia. USP, S. Paulo, 8(1): 25-70, maio de 1996.
FORNARO, Alexandre Castelli. Logística e agronegócio globalizado no estado do Tocantins: um estudo sobre a expansão das fronteiras agrícolas modernas no território brasileiro. 2012. Dissertação (Mestrado em Análise Ambiental e Dinâmica Territorial). Instituto de Geociências da UNICAMP, Campinas-SP, 2012
GIRALDIN, Odair. (2002). Povos indígenas e não-indígenas: uma introdução à história das relações inter-étnicas no Tocantins. In: GIRALDIN, Odair. (Org.). A (trans) formação histórica do Tocantins. Goiânia: Ed. UFG; Palmas: Unitins, 2002. 384 p.
GONÇALVES, Carlos Walter Porto. (2011). A Globalização da natureza e a natureza da globalização. 2ª ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. 246 p.
IBGE - Instituto de Geografi a e Estatística – Censo Demográfi co -2010. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em julho. 2014.
IBGE - Instituto de Geografi a e Estatística – Censo Demográfi co - 2013. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em julho. 2014
KOHLHEPP, Gerd. (2002). Amazônia Brasileira: confl itos de interesse no ordenamento territorial da Amazônia Brasileira. Revista Estudos Avançados, v. 16, n. 45, São Paulo mai/ago. 2002.
LIMA, Débora Assumpção e. A expansão da soja na fronteira agrícola moderna e as transformações do espaço agrário tocantinense. 2014. Dissertação (Mestrado em análise ambiental e dinâmica territorial) Instituto de geociências da Unicamp, Campinas – SP, 2014.
LIRA, Elizeu Ribeiro. (2011). A gênese de Palmas: a geopolítica de (re)ocupação territorial na Amazônia Legal. Goiânia: Ed. Kelps, 2011. 215 p.
MARTINS, José de Souza. (1996). O tempo da fronteira. Retorno à controvérsia sobre o tempo histórico da frente de expansão e da frente pioneira. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 8(1): 25-70, maio de 1996.
MARTINS, José de Souza. (1997). Fronteiras: a degradação do Outro nos confi ns do humano. São Paulo: Hucitec, 1997.
MONBEIG, Pierre. (1952). Pionnies et Panteurs de São Paulo. Paris: Armand Colin, 1952. 257 p.
OLIVEIRA, Ariovaldo U. (1991). Integrar para não entregar. Políticas públicas para a Amazônia. 2ª ed. Campinas: Ed. Papirus, 1991. 175 p.
PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Atlas do desenvolvimento humano no Brasil. 2013. Disponível em: . Acesso em: julho. 2014.
SANTOS, Crisliane Aparecida Pereira dos & SANO, Edson Eyji. (2015). Formação da frente de expansão, frente pioneira e fronteira agrícola no oeste da Bahia. Bol. Geogr., Maringá, v. 33, n. 3, p. 68-83, set.-dez., 2015.
SANTOS, Milton. (1999). A natureza do espaço: técnica e tempo. Razão e emoção. São Paulo: Ed. Hucitec, 1999.
SANTOS, Roberto de S. (2013). Eixos de Desenvolvimento Regional no Tocantins. In: SANTOS, Roberto. Et alli (Org.). Território e Diversidade Territorial do Cerrado: cidades, projetos regionais e comunidades tradicionais. Goiânia: Ed. Kelps, 2013. p. 135-149. 378 p.
SEPLAN – Secretaria de Planejamento e da Modernização da Gestão Pública do Tocantins. Perfil socioeconômico dos municípios do estado do Tocantins (2010/2013/2014). Disponível em: www.seplan.to.gov.br. Acesso em julho de 2015.
SERIGATI, Felippe. Et ali. (2017). O mercado de trabalho na fronteira do agronegócio: quanto a dinâmica no MATOPIBA difere das regiões mais tradicionais? Texto para discussão. Rio de Janeiro, março de 2017. Disponível em http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/7693/1/TD_2277.pdf
SILVA, Otávio Barros da. (1996). Breve História do Tocantins e de sua Gente: Uma Luta secular: Araguaína: Federação das Indústrias do Estado do Tocantins, 1996.
SIRGAS (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas), 2000.
SOUZA, Sônia Maria. (2002). Belém-Brasília: abrindo fronteiras no norte goiano (atual Tocantins) – 1958-1975. In: GIRALDIN, Odair (Org). A (Trans) formação Histórica do Tocantins. Goiânia. Ed. UFG. Palmas. Unitins, 2002. 384 p.
VINHAL, Maria do Carmo Barros. (2009). Colinas do Tocantins: desenvolvimento e transformações ambientais. (Dissertação de Mestrado). Programa de pós-graduação em ciências do ambiente e sustentabilidade na Amazônia/UFAM-Manaus, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.