As lógicas econômicas da produção do espaço urbano em Indaiatuba/SP (2001-2018)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.26512/2236-56562023e45628

Palabras clave:

produção imobiliária, parcelamento do solo, cidades de porte médio

Resumen

O presente artigo investiga a produção do espaço urbano ao longo das duas últimas décadas em Indaiatuba, município de porte médio que se destaca dentre os de maior produção de lotes urbanos do estado de São Paulo no período recente. A investigação dedica particular interesse ao estudo dos loteamentos urbanos implantados na cidade, distinguindo, para efeito da pesquisa, os empreendimentos em “loteamentos abertos” e “loteamentos fechados”. A territorialização dos empreendimentos possibilitou a identificação de distintas lógicas locacionais, articuladas ao perfil socioeconômico dos setores em que se implantaram, tanto em relação às ocupações pré-existentes quanto ao mercado consumidor que se buscava atingir. Para tanto, partiu-se da compreensão do processo histórico de estruturação urbana do território indaiatubano, a fim de identificar de que maneira este condiciona o desenvolvimento imobiliário contemporâneo. A caracterização dessa produção superlativa frente às demandas efetivas por solo urbano no município, em que o aumento da oferta se fez acompanhar de um aumento da vacância de lotes, demandou investigação específica voltada à análise do comportamento dos preços da terra urbanizada no município. Para tanto, foram realizados levantamentos acerca da evolução do preço da terra urbanizada entre os anos de 2001 e 2018, buscando verificar de que maneira a abundância de lotes afetou os preços de comercialização. Os valores contabilizados permitiram a identificação dos preços médios da terra em cada um dos quatro setores de planejamento oficiais do município, cotejando-se sua evolução a índices de correção monetária selecionados. Buscou-se, com isso, verificar o papel desempenhado pelo espaço urbano enquanto reserva de valor, procurando apreender as características específicas dessa produção no contexto das transformações do capitalismo contemporâneo, assim como o papel econômico que desempenha a expressiva produção de lotes urbanos nessa cidade do interior paulista.

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Biografía del autor/a

Estevam Otero, a:1:{s:5:"pt_BR";s:3:"USP";}

Graduado em arquitetura e urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (2002), desenvolveu o mestrado (2009) e o doutorado na mesma instituição (2016). Foi Diretor de Projetos Especiais do Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba (2003-2013). Docente em cursos de Arquitetura e Urbanismo no estado de São Paulo desde 2011. Professor de graduação e pós-graduação da área de planejamento urbano e regional da FAUUSP (2018-2022) e pesquisador no Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos da Universidade de São Paulo.

Renata Segalla

Arquiteta e Urbanista pela Escola Superior de Tecnologia e Educação de Rio Claro / UNICEP São Carlos. Geógrafa, bacharel e licenciada pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, UNESP / Campus de Rio Claro. Habilitação em História pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, UNESP / Campus de Rio Claro. Mestre em Engenharia Urbana, departamento de Engenharia Civil, pela Universidade Federal de São Carlos. Especialista em Geoprocessamento pela Universidade Federal de São Carlos. Foi professora do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio em Salto/SP entre 2014 e 2021, tendo exercido a função de coordenadora do curso entre 2015 e 2020.

Ingrid Rosa dos Santos

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (2018), é Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia na Universidade Federal de São Carlos - UFSCar / Campus Sorocaba (2022).

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Publicado

2023-04-12

Cómo citar

Otero, E., Segalla, R. ., & Rosa dos Santos, I. (2023). As lógicas econômicas da produção do espaço urbano em Indaiatuba/SP (2001-2018). Revista Espacio Y Geografía, 26, 50–86. https://doi.org/10.26512/2236-56562023e45628

Número

Sección

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