A biogeografia e o biomonitoramento ambiental
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562023e44740Resumen
O biomonitoramento se constitui enquanto uma ferramenta utilizada para avaliar a qualidade dos ambientes. São considerados indicadores ambientais ou, bioindicadores, espécies e conjuntos de espécies com capacidade de reagir e registar distúrbios ou alterações no ambiente ao qual pertencem. A utilização das respostas de um sistema biológico a respeito de algum agente estressor, possibilitam realizar um planejamento para medidas mitigatórias ou compensatórias no ambiente em questão, visando a identificação do processo, reestabelecimento da normalidade, diminuição da deterioração ou até mesmo uma recuperação de área totalmente degradada. A utilização de liquens como alternativa de biomonitoramento se destaca, porque constituem um grupo extremamente diverso e complexo na natureza, ocorrendo nos mais diferentes ambientes e substratos. Com capacidade de registro biológico os liquens podem determinar tipos de poluentes e processos de degradação ambiental. Uma vez que a poluição do ar é uma preocupação crescente para a sociedade e a cada ano, medidas de investigação sobre causas e efeitos vem aumentando no campo das mais diversas ciências, e a Geografia tem a possibilidade de discutir as relações de causa e efeito da poluição, através do estudo conjunto das ações humanas e as implicações destas no ambiente como um todo. Com intuito de contribuir para a temática o objetivo do artigo é desenvolver uma discussão teórico-metodológica acerca da análise da Biogeografia enquanto possibilidade de atuação nas ações de biomonitoramento ambiental, focando na espécie líquen como estudo de caso.
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