Aglomeração produtiva da indústria de cerâmica vermelha em Campos dos Goytacazes-RJ: origem, estrutura e dinâmicas territoriais
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562021e40272Palabras clave:
Aglomeração produtiva, dinâmicas territoriais, indústria de cerâmica vermelha, Campos dos GoytacazesResumen
Nas últimas décadas, o processo de globalização econômica, propiciado pelos avanços da telemática e pelas políticas de abertura e desregulamentação dos mercados, desencadeou mudanças socioeconômicas profundas e novas formas de organização do espaço. A competitividade dos novos espaços industriais tem sido marcada por produção em menor escala, relações mais flexíveis, redes de cooperação, competição, articulação com entidades públicas e privadas. Este texto se propõe a analisar o processo de formação sócioterritorial da aglomeração produtiva de cerâmica vermelha em Campos dos Goytacazes-RJ, sua importância para a economia local e a dimensão espacial dos diferentes circuitos – produção, circulação, distribuição e consumo – dessa indústria. Os procedimentos incluem levantamento bibliográfico, levantamento de dados secundários em plataformas de dados e aplicação de entrevistas semiestruturadas. Nossos resultados mostram que a indústria de cerâmica vermelha se consolida após a crise do setor sucroalcooleiro e se torna a principal atividade da indústria de transformação, embora os empregos sejam de baixa remuneração e com pouca qualificação. Os circuitos espaciais produtivos apresentam escalas diferenciadas, com a mão de obra e argila existentes localmente, a lenha para a queima é oriunda do Espírito Santo e os principais destinos da produção são a Região Metropolitana do Rio de Janeiro e a Região dos Lagos.
Descargas
Citas
AZEVEDO FILHO, E. T.; RIBEIRO, A. C. A governança em aglomerações produtivas: uma análise sobre o setor cerâmico de Campos dos Goytacazes. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, Rio de Janeiro, n. 1, v. 7, p. 97-129, 2011.
BENKO, G. Economia, espaço e globalização na aurora do século XXI. 1ed. São Paulo: Hucitec, 1996.
BENKO, G.; LIPIETZ, A. As Regiões Ganhadoras: distritos e redes os novos paradigmas da geografia e económica. 1 ed. Oeiras: Celta Editora, 1994.
BENKO, G.; PECQUEUR, B. Os recursos de territórios e os territórios de recursos. Geosul, v.16, n.32, p 31-50, jul./dez. 2001.
BERNARDES, J. A. Reescrevendo a história do Norte Fluminense sucroalcooleiro no contexto da última modernidade. In. BERNARDES, J. A.; SILVA, C. A. (Org.). Modernização e território: entre o passado e o presente do Norte Fluminense. 1 ed. Rio de Janeiro, Lamparina/CAPES, 2014, p. 12-22.
CARAVACA, I. Los nuevos espacios ganadores y emergentes. Revista Eure, Santiago de Chile, v. XXIV, n. 73, p. 5-30, Dez. 1998.
CHESNAIS, F. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996.
FUINI, L. L. Os arranjos produtivos locais (APLs): uma breve explanação sobre o tema. Geotextos, v. 9, n. 2, Dez. 2013.
HARVEY, D. A condição pós-moderna. Uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo: Loyola, 2006.
HERNANDEZ, J. L. S. El eje Irún-Aveiro: Geografia de un eje de desarrollo. Salamanca: Caja Duero, 1998.
LAMEGO, A. R. O homem e o brejo. Rio de Janeiro: Serviço Gráfico do IBGE, 1945.
LASTRES, H.; CASSIOLATO, J. E.; MACIEL, M. M. Pequena empresa: cooperação e desenvolvimento local. 1 ed. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003.
MARTIN, R. Teoria econômica e geografia humana. In. GREGORY, D.; MARTIN, R.; SMITH, Graham. Geografia humana. Sociedade, espaço e ciência social. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994, p. 31-64.
MORAES, A. C. R. Os circuítos espaciais da produção e os círculos de cooperação no espaço. 1995, p. 1-32. Mimeo.
OLIVEIRA, A. C. C. R. Economias de aglomeração e circuitos espaciais produtivos da indústria de cerâmica vermelha em Campos dos Goytacazes-RJ. 2020. 68 f. (Monografia em Geografia), Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional, Universidade Federal Fluminense, Campos dos Goytacazes, 2009.
OSCAR, J. Escravidão & Engenhos: Campos, São João da Barra, Macaé, São Fidelis: Rio de Janeiro: Achiemé, 1985. 260 p.
PITHON, A. J. C.; BROCHADO, M. R.; BARBOSA, C. M. Rede de empresas: proposta de modelo organizacional do setor de Cerâmica vermelha de Campos dos Goytacazes. In. Simpósio de Engenharia de Produção, 13, 2006, Bauru. Anais... Bauru: UNESP, 2006.
PORTER, M. E. Cluster e competitividade. H S M Management, São Paulo, vol.3, n. 15, p.100-110, Jul./Ago. 1999.
PREFEITURA Municipal de Campos dos Goytacazes [et. al.]. Campos dos Goytacazes: perfil 2018. Campos dos Goytacazes, RJ, 2018. Disponível em:<https://www.campos.rj.gov.br/newdocs/1542233062PERFILCAMPOS2018.pdf>. Acesso em: 22 set. 2019.
RAMOS, I. S., ALVES, M. G., ALEXANDRE, J. Diagnóstico do Polo Cerâmico de Campos dos Goytacazes – RJ. Cerâmica Industrial, 11 (1) jan. – Fev. 2006. Disponível em: <http://s3.amazonaws.com/host-article-assets/ci/587657277f8c9d6e028b46ea/fulltext.pdf> Acesso em: 22 set. 2019.
SANTOS, M. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. São Paulo: Record, 2008.
SILVA, R. C. R. S.; CARVALHO, A. M. Formação econômica da Região Norte Fluminense. In. PESSANHA, R. M.; SILVA NETO, R. (Org.). Economia e desenvolvimento no Norte Fluminense: da cana-de-açúcar aos royalties do petróleo. Campos dos Goytacazes, RJ: WTC Editora, 2004, p. 27- 75.
SMIDERLE, D. A. V. O multiforme desafio do setor sucroalcooleiro de Campos Dos Goytacazes (RJ). 2009.107 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Sociais), Centro de Ciências do Homem (CCH), Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). Campos dos Goytacazes, 2009.
SOUZA, S. D. C.; ELER, D. C.; ARICA, J. Um estudo sobre o impacto da mudança tecnológica no pólo de cerâmica vermelha do Norte Fluminense. In. Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 23, 2003, Ouro Preto. Anais... Ouro Preto: UFOP, 2003.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.