QUANDO O PARQUE (AINDA) NÃO É NOSSO. EDUCAÇÃO AMBIENTAL, PERTENCIMENTO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO PARQUE SUCUPIRA, PLANALTINA (DF)
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562014e40021Palabras clave:
educação ambiental, plano de manejo, unidade de conservação, pertencimento, participaçãoResumen
O presente estudo parte da premissa teórica das macrotendências político-ideológicas da Educação Ambiental como referências estruturantes para analisar os sentidos presentes nas práticas de Educação Ambiental desenvolvidas no âmbito do Parque Sucupira, situado em Planaltina (DF). A pesquisa constatou a presença de elementos próprios da macrotendência conservacionista, mas também evidenciou haver uma tônica na abordagem crítica da Educação Ambiental, na medida em que se constatou uma regularidade marcante na perspectiva do desenvolvimento do senso de pertencimento social da comunidade de Planaltina acerca dessa área natural protegida. Uma interpretação possível para esse fenômeno é o fato desta Unidade de Conservação ter sido ofi cialmente criada há mais de quinze anos, mas na prática não ter sido minimamente institucionalizada pelo poder público responsável por sua gestão.
Descargas
Citas
ALVES, J.A.A. et al. (2002) Educação ambiental através de trilhas interpretativas. I Simpósio Sul Brasileiro de Educação Ambiental. Erechim: URI. p. 357.
ARAÚJO, C.E.F. et al. (2000) Programa de educação ambiental em trilhas interpretativas no Museu do Açude. Anais do IX Seminário de Educação Ambiental. Rio de Janeiro: UFRJ. p. 229.
BALDIN, N., MUNHOZ, E.M.B. (2011) Snowball (Bola de Neve): uma técnica metodológica para pesquisa em educação ambiental comunitária. Curitiba: Anais do X Congresso Nacional de Educação. p.329-341.
BLANCO, N.C.P. (2001) Educación ambiental en el sistema de Parques Nacionales de Venezuela. Tópicos em Educación Ambiental, 3(8):55-69.
BRASIL. (2006) Decreto nº 5.758/2006. Institui o Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas, seus princípios, diretrizes, objetivos e estratégias, e dá outras providências. Brasília: Diário Ofi cial da União.
BRESOLIN, A.J.; ZAKRZEVSKI, S.B.B.; MARINHO, J.R. (2010) Percepção, comunicação e educação ambiental em unidades de conservação: um estudo no Parque Estadual de Espigão Alto – Barracão/RS – Brasil. Perspectiva, v.34, n.128, p. 103-114.
BRITO, M.C.W. de. (1998) Unidades de conservação: intenções e resultados. In: VEIGA, J.E. da. (org.) Ciência Ambiental: primeiros mestrados. São Paulo: Annablume. p. 209-228.
BUENO, F.P. (2011a) Educação ambiental e a visitação em unidades de conservação: refl etindo sobre as possibilidades e potencialidades de contato com a natureza. Anais do III Encontro de Pesquisa em Educação Ambiental. Ribeirão Preto: USP. p. 98.
_____. (2011b) Educação ambiental e a visitação em Parques: um estudo sobre o Parque Estadual Morro do Diabo. Anais do VIII Congresso Nacional de Ecoturismo e do IV Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de Conservação. Revista Brasileira de Ecoturismo, São Paulo, v.4, n.4, p. 520.
CARVALHO, I.C. de M. (1998) Em direção ao mundo da vida: interdisciplinaridade e educação ambiental. Conceitos para se fazer educação ambiental. Brasília: IPE.
CAVALCANTE, J.F. (2010) Emancipação e participação popular: a gestão participativa no Parque Recreativo Sucupira em Planaltina, DF. Dissertação de Mestrado. Brasília: Universidade de Brasília.
CODEPLAN - COMPANHIA DE PLANEJAMENTO DO DISTRITO FEDERAL. (2013) In: http://www.codeplan.df.gov.br/noticias/noticias/item/2098-pdadcontabiliza-164939-habitantes-em-planaltina.html.
CREADO, E.S.J.; FERREIRA, L. da C. (2012) O caleidoscópio conservacionista: o SNUC como um acordo temporário no ambientalismo. Revista Vitas, ano 2, n.4.
CUNHA, C.C.; LOUREIRO, C.F.B. (2012) Educação ambiental e gestão participativa de unidades de conservação. In: LOUREIRO, C.F.B. (Org.) Gestão pública do ambiente e educação ambiental: caminhos e interfaces. São Carlos: Rima. p. 61-76.
DIEGUES, A.C. (org.) (2000) Etnoconservação: novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos. São Paulo: Hucitec.
_____.; NOGARA, P. (2005) O nosso lugar virou parque. São Paulo: NUPAUB.
DRUMMOND, J.A.; FRANCO, J.L. de A.; OLIVEIRA, D. de. (2010) Uma análise sobre a história e a situação das unidades de conservação no Brasil. In: GANEM, R.S. (Org.) Conservação da biodiversidade: legislação e políticas públicas. Brasília: Edições Câmara. p.341-385.
FAVÁ, O.C. (2006) Aportacións da Educación Ambiental á conservación do Patrimonio Natural. Ambientalmente Sustentable, ano I, n.1-2, p. 121-144.
FRANCA, N. (coord.) (2006) Educação ambiental em unidades de conservação. Rio de Janeiro: IBASE.
FREITAS, A.B., et. al. (2004) Trilhas interpretativas como instrumento de educação ambiental: Parque da Fonte Grande / Vitória / ES. Anais do III Encontro Estadual de Educação Ambiental. Vitória: UFES.p. 243.
HERNÁNDEZ, F.H. (2006) A participación como proceso de aprendizaxe e coñecemento social. Ambientalmente Sustentable, ano I, n.1-2, p. 229-242.
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. (2002) Como o IBAMA exerce a educação ambiental. Brasília: IBAMA.
IRVING, M.A. (2010) Áreas protegidas e inclusão social: uma equação possível em políticas públicas de proteção da natureza no Brasil? Sinais Sociais, v.4, n.12, p. 122-147.
LAYRARGUES, P.P. (2012) Para onde vai a educação ambiental? O cenário políticoideológico da educação ambiental brasileira e os desafi os de uma agenda política crítica contra-hegemônica. Revista Contemporânea de Educação, n. 14, p. 398-421.
LAYRARGUES, P.P.; LIMA, G.F da C. (2011) Mapeando as macro-tendências político-pedagógicas da educação ambiental contemporânea no Brasil. Anais do VI Encontro “Pesquisa em Educação Ambiental”. Ribeirão Preto: USP.
LOUREIRO, C.F.B. (2003) Gestão ambiental participativa em unidades de conservação. In: LOUREIRO, C.F.B. (org.) Cidadania e meio ambiente. Salvador: Centro de Recursos Ambientais. p. 111-122.
_____.; AZAZIEL, M.; FRANCA, N. (2007) Educação ambiental e conselho em unidades de conservação: aspectos teóricos e metodológicos. Rio de Janeiro: IBASE.
_____.; CUNHA, C.C. (2008) Educação ambiental e gestão participativa de unidades de conservação: elementos para se pensar a sustentabilidade democrática. In: Ambiente e Sociedade, v.9, n.2, p. 237-253.
LOUV, R. (2005) Last child in the woods: saving our children from nature-defi cit disorder. New York: Algonquin Books.
MAROTTI, P.S.; SANTOS, J.E. dos.(2001) Narrativas orais como subsídio para um programa de educação ambiental direcionado a uma unidade de conservação. In: SANTOS, J.E. dos, SATO, M. (orgs.) A contribuição da educação ambiental à esperança de Pandora. São Carlos: RIMA. p. 197-224.
MATTOS, B.H.O. de M. (1997) A prática da educação ambiental em unidades de conservação: a distância entre o ideal, a realidade e o possível. In: VASCONCELLOS, H.S.R., MATA, S.F. da. (orgs.) 20 anos de Educação Ambiental pós-Tbilisi. Rio de Janeiro: PUC-Rio / UFRJ. p. 158-160.
MATURANA, H. (2000) Formação humana e capacitação. Petrópolis: Vozes.
MONTENEGRO, F.; RIBEIRO, V. M. (2002) Nossa escola pesquisa sua opinião: manual do professor – 2ª edição. São Paulo: Global.
MUSSI, S.M. (2007) O processo de gestão participativa e educação ambiental em conselhos de unidades de conservação: o caso do Parque Nacional da Serra dos Órgãos – Teresópolis, RJ. Dissertação. Mestrado em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social. Rio de Janeiro: UFRJ.
_____. (2009) A educação ambiental crítica na gestão de unidades de conservação: sua utilização para mediação de confl itos no processo de gestão socioambiental participativa. In: LOUREIRO, C.F.B. (org.) Educação ambiental, gestão pública, movimentos sociais e formação humana: uma abordagem emancipatória. São Carlos: RIMA. p. 15-30.
NETO, J.M.; Guerra, A.F.S. (2002) Uma proposta de educação ambiental para o Parque Ecológico Municipal Rio Camboriú (SC). I Simpósio Sul Brasileiro de Educação Ambiental. Erechim: URI. p. 356.
PIMBERT, M.P.; PRETTY, J.N. (2000) Parques, comunidades e profissionais: incluindo “participação” no manejo de áreas protegidas. In: DIEGUES, A.C. (org.) Etnoconservação: novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos. São Paulo: Hucitec. p. 183-223.
PINHEIRO, A.; PEREIRA, G.R.; REFOSCO, J.; VIEIRA, R.; ZENI, A.L.B. (2004) Abordagens em educação ambiental não-formal: gestão, unidades de conservação e entorno. In: TAGLIEBER, J.E., GUERRA, A.F.S. (orgs.) Pesquisa em Educação Ambiental: pensamentos e refl exões de pesquisadores em educação ambiental. Pelotas: Ed. Universitária UFPel. p.177-188.
RAMOS, L.M.J.; OLIVEIRA, S. de F. (2008) Refl etindo a educação ambiental e o ecoturismo: uma análise do plano de manejo do Parque Estadual da Serra de Caldas Novas/GO a partir do programa de uso público. Rev. Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v.21, p.54-74.
SÁ, L.M. (2005) Pertencimento. In: BRASIL (DEA/MMA). Encontros e Caminhos: formação de educadores ambientais e coletivos educadores. Brasília.
SAISSE, M.V. (2011) Sentidos e práticas da educação ambiental no Brasil: as unidades de conservação como campo de disputa. Tese. Doutorado em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social. Rio de Janeiro: UFRJ.
SANTOS, A.S. et al. (2003) Utilizando trilhas interpretativas em atividades de educação ambiental. Anais do II Encontro de educadores ambientais da Rede Mato-Grossense de Educação Ambiental. Cuiabá: UFMT. p. 61.
SANTOS, R.F. dos; PERES, P.E.C. (2011) A formação de uma consciência sócio ambiental, através da interpretação de trilhas. Monografi as ambientais, v.4, n.4, p. 568-581.
SILVA, N.P. de S. da; NETO, A.R. da C. (2007) A educação ambiental como instrumento de sensibilização turística em unidades de conservação. Revista Eletrônica Aboré, edição 3.
SOUZA, M.C. da C. (2011) Educação ambiental em unidades de conservação: análise dos processos desenvolvidos pela Estação Ecológica do Caiuá/PR. Rosana: UNESP.
SOUZA, V.T. de; et al. (2012) Trilhas interpretativas como instrumento de educação ambiental. Anais do III Encontro Nacional de Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente. Niterói: UFF.
TABANEZ, M.F.; PADUA, S.M.; SOUZA, M. das G. de; CARDOSO, M.M.; GARRIDO, L.M. do A.G. (1997) Avaliação de trilhas interpretativas para educação ambiental. In: PADUA, S.M.; TABANEZ, M.F. (orgs.) Educação ambiental: caminhos trilhados no Brasil. Brasília: Instituto de Pesquisas Ecológicas. p. 89-102.
TILDEN, F. (1967) Interpreting our heritage. Chapel Hill: The University of North Carolina Press.
TOLEDO, R.F. de; PELICIONI, M.C.F. (2005) Educação ambiental em unidades de conservação. In: PHILIPPI Jr., A.; PELICIONI, M.C.F. (eds.) Educação ambiental e sustentabilidade. São Paulo: Manole. p. 749-769.
VALENTE, M.W.; OLIVEIRA, H.T. de; DODONOV, P.; SILVA, M.M. (2012) Educação ambiental em unidades de conservação: políticas públicas e a prática educativa. Educação em Revista, v.28, n.01, p. 267-288.
VASCONCELLOS, J.M. de O. (2006) Educação e interpretação ambiental em unidades de conservação. Cadernos de Conservação, Curitiba: Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, ano 3, n. 4.
VIANNA, L.P. (2008) De invisíveis a protagonistas: populações tradicionais e unidades de conservação. São Paulo: Annablume.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
