Padrões Epidemiológicos e Espaciais da Mortalidade Infantil antes e durante a Pandemia pela Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562025e54832Palavras-chave:
Saúde Materno-Infantil, Análise Espacial., Estudos Ecológicos., Vigilância em Saúde.Resumo
Objetivo: Analisar os padrões epidemiológicos e espaciais da mortalidade infantil antes e durante a pandemia pela covid-19 em Pernambuco, de 2017 a 2022. Método: Estudo ecológico, sendo os municípios a unidade de análise espacial. Utilizaram-se dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade, Sistema de Informações sobre os Nascidos Vivos e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados foram analisados por triênios, sendo 2017-2019 (pré-pandêmico) e 2020-2022 (pandêmico). Para a análise espacial, foi utilizada a estatística de Scan. Resultados: Registraram-se 9.609 óbitos infantis, sendo 4.993 (52%) no 1º triênio e 4.616 (48%) no 2º triênio. Do total, 5.231 (55,1%) eram do sexo masculino, 6.914 (77,2%) negros, 5.766 (66,2%) com baixo peso. Sobre as mães, 7.052 (79,5%) tinham 20 anos ou mais e 5.786 (67,4%) possuíam oito ou mais anos de estudo. A análise espacial revelou a presença de dois clusters no período pré-pandêmico nas macrorregiões Vale do São Francisco e Araripe, Agreste e Sertão e, durante o período pandêmico, um cluster no Vale do São Francisco e Araripe. Conclusão: O perfil e a identificação de clusters podem contribuir no direcionamento de programas e estratégias para a melhoria da assistência e da vigilância em saúde, voltados ao público materno-infantil.
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