Inconsciente coletivo e o arquétipo do Trickster: a circulação da imagem do Zé Pelintra na mídia para a representação da cultura brasileira
Mots-clés :
Trickster. Zé Pelintra. Pathosformel.Résumé
Como o arquétipo do Trickster sobrevive e ressurge dentro da mídia fazendo referência à cultura brasileira? Para responder esse problema, partimos da figura do Zé Pelintra, o trickster da Umbanda brasileira e representação de malandragem, trapaça, boemia e safadeza. Conforme a metodologia Warburguiana (2010), símbolos fortes ressurgem na arte devido ao caráter do pathos, o que ele chama de pathosformel. Utilizaremos o estudo de figuras da mídia brasileira que estabelecem a relação direta com a malandragem, fazendo uma análise do arquétipo do Trickster e a concepção das pranchas de imagem para estabelecer a forma de sobrevivência do arquétipo no inconsciente coletivo brasileiro.
Téléchargements
Références
AUGRAS, Monique. Zé Pelintra, patrono da malandragem. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Negro Brasileiro Negro, nº 25, p. 43-49. Rio de Janeiro: IPHAN, 1997.
ASSUNÇÃO, Luiz. O reino dos mestres: A tradição da jurema na umbanda nordestina. Rio de Janeiro: Pallas, 2010.
BERGSTEIN, Tânia. Tânia Bergstein: depoimento [out. 2018]. Entrevistador: Hertz Wendel de Camargo. Curitiba, Terreiro de Umbanda Vovó Benta, 2018. Entrevista concedida ao projeto “Etnografias urbanas: mitos, consumo e narrativas contemporâneas” do PPGCOM-UFPR.
CACERES, Guillermo; FERRARI, Lucas; PALOMBINI, Carlos. A Era Lula/Tamborzão: política e sonoridade. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 58, p.157-207, jun. 2014.
DANDARA; LIGIÉRO, Zeca. Iniciação à umbanda. Rio de Janeiro: Pallas, 2013.
DEALTRY, Giovanna. Malandragem na literatura e no samba. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2009.
DRAVET, Florence; CASTRO, Gustavo de. O imaginário do mal no cinema brasileiro: as figuras abjetas da sociedade e seu modo de circulação. E-Compós, 2014.
DRAVET, Florence. Corpo, linguagem e real: o sopro de Exu Bará e seu lugar na comunicação. Ilha do Desterro. v. 68, nº 3, p. 015-025, Florianópolis, set/dez 2015.
FERNANDES, Cassio. Aby Warburg entre a arte florentina do retrato e um retrato de Florença na época de Lorenzo de Medici. História: Questões & Debates, Curitiba, n.41, p. 131-163, 2004.
GAIMAN, Neil. Deuses americanos. Edição preferida do autor. Trad.: Leonardo Alves. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2016.
GELUSSI, Marianna. La sccultura dipita: disegni e deduzioni dai sarcofagi nel Quattrocentro. In: CENTANNI, M. (ed.) L’Originale assente: introduzione allo studio della tradizione classica. Milano: Bruno Mondadori, 2005. p. 405-422.
HYDE, Lewis. A astúcia cria o mundo. Trickster: trapaça, mito e arte. Trad.: Francisco R. S. Innocêncio. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.
JUNG, C. G. Os Arquétipos e o inconsciente coletivo. Rio de Janeiro: Vozes, 2011.
Ligiero, Zeca. Malandro divino. Rio de Janeiro: Record, 2ª ed, 2010.
MORIN, E. Cultura de massas no século XX. v. 1. Neurose. Rio de Janeiro: Forense, 2007.
MOURA, Roberto. Prefácio in LIGIÉRO, Zeca. Malandro divino: a vida e a lenda de Zé Pelintra, personagem mítico da Lapa carioca. Rio de Janeiro: Record: Nova Era, 2004.
PRANDI, Reginaldo. Prefácio in CARNEIRO, João Luiz. Religiões afro-brasileiras. Uma construção teológica. Petrópolis: Vozes, 2014.
ROCHA, Everardo. Magia e capitalismo: um estudo antropológico da publicidade. São Paulo: Brasiliense, 2010.
SOARES, Thiago. Percursos para estudos sobre a cultura pop. In SÁ, Simone Pereira de; CARREIRO, Rodrigo; FERRAZ, Rogério (Orgs.). Cultura pop. Salvador: EDUFBA, 2015.
THOMPSON, Robert Farris; CORNET, Joseph. The four moments of the sun: Kongo art in two worlds. Washington, DC: National Gallery of Art, 1981.
WARBURG, Aby. A Renovação da Antiguidade Pagã. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.
WARBURG, A. L’Atlas Mnémosyne. Paris: L’écarquillé, 2012.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).