Narrativa da desigualdade na arquitetura da pobreza
Palabras clave:
cidade; urbano; análise do discurso ecossistêmica; ecolinguística; desigualdade.Resumen
O presente trabalho tem como proposta analisar, a partir da Análise do Discurso Ecossistêmica/Ecológica (ADE), os efeitos de sentido no discurso legal que trata da questão da Habitação de interesse Social (HIS), considerando a própria cidade como um discurso, ampliando a análise para além do texto da lei. Os discursos sobre a preocupação com a população carente sinalizam a segregação do espaço público, que setoriza a cidade e o uso do solo, a partir de interesse de empreendedores. Isto gera a desigualdade e aquilo que aqui se permitiu chamar de arquitetura da pobreza. Considerando as propostas do Ministério das cidades e do Plano Diretor Estratégico de São Paulo, e as HIS, no espaço urbano, encontra-se a possibilidade de aproximação da compreensão das cidades e do discurso/narrativa, a partir da aparente bondade das elites políticas que erguem impessoais conjuntos habitacionais na periferia das grandes cidades, que não diminuem o sofrimento dos desprivilegiados, mas afirmam a manutenção de um discurso de classes.
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