As contribuições das ciências cognitivas para ecolinguística

Autores

  • Davi Borges de Albuquerque Universidade Federal do Goiás
  • Genis Frederico Schmaltz Neto Universidade de Brasília

Palavras-chave:

ciências cognitivas; ecolinguística; linguística ecossistêmica.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo principal apontar as contribuições das ciências cognitivas para a ecolinguística, que se caracteriza como uma abordagem recente para os estudos da linguagem. Para tanto, serão apresentados os modelos teóricos da ecolinguística que se relacionam com aspectos cognitivos, a saber: a linguística ecossistêmica e a linguística dialética, e as contribuições que as segunda e terceira gerações das ciências cognitivas ofereceram para esses ramos da ecolinguística. Assim, será elaborada uma proposta que procura desenvolver a teoria da linguística ecossistêmica, bem como fornecer ferramentas para a análise de fenômenos linguísticos, encarando-os como fenômenos mentais e ecológicos. Finalmente, será conduzido um estudo de caso aplicando a proposta apresentada aqui.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Davi Borges de Albuquerque, Universidade Federal do Goiás

Doutor em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB). Mestre em Linguística e Licenciado em Letras - Português do Brasil como segunda língua (PBSL) pela mesma universidade. Foi Professor Cooperante da Universidade Nacional Timor Lorosa'e (UNTL), em Timor-Leste (2008-2009), e Professor Substituto da Universidade Federal de Sergipe (UFS), de 2011 a 2013.

Genis Frederico Schmaltz Neto, Universidade de Brasília

Doutorando em Linguística pela Universidade de Brasília. Mestre em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (UFG), possui graduação em Letras pela mesma instituição. Integra o Núcleo de Estudos em Ecolinguística e Imaginário (NELIM), onde tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Teoria e Análise Lingüística. Depois de desenvolver pesquisas voltadas ao imaginário da cultura pop nipônica, especificadamente, das narrativas de animês por meio da Semiótica Greimasiana e Antropologia do Imaginário, dedica-se a estabelecer um construto metodológico que una as teorias já citadas à Ecolinguística, dedicando-se à análise da comunidade mística sincrética Vale do Amanhecer em Brasília (DF).

Referências

ALBUQUERQUE, D. B. A língua portuguesa em Timor-Leste: uma abordagem ecolinguística. Tese (Doutorado em Linguística). Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

_____. A metodologia em ecolinguística: palavras iniciais. A sair.

BANG, J. C.; DØØR, J. Language, Ecology and Society. A Dialectical Approach. Editado por Sune Vork Steffensen e Joshua Nash. Londres: Continuum, 2007.

_____. The dialects of ecological experiences: an essay in eco-linguistics with a deixis analysis of a newspaper text commenting the Rio-92-Summit on the human environment. In: Da fonologia à ecolinguística: ensaios em homenagem a Hildo Honório do Couto. Thesaurus: Brasília, 2013. P. 328-349.

CALVET, L-J. Pour une écologie des langues du monde. Paris: Plon, 1999.

CAPRA, F. et al. Pertencendo ao universo: explorações nas fronteiras da ciência e da espiritualidade. São Paulo: Cultrix, 1991.

CHOMSKY, N. Aspects of the Theory of Syntax. Cambridge: MIT Press, 1965.

COUTO, H. H. Ecolinguística. Estudo das relações entre língua e meio ambiente. Brasília: Thesaurus, 2007.

_____. Linguística ecossistêmica. 2012. Disponível em: http://meioambienteelinguagem.blogspot.com.br/2012/06/linguistica-ecossistemica.html. Acesso em: 26 Jun. 2012.

_____. O que vem a ser ecolinguística, afinal? Cadernos de Linguagem & Sociedade, v. 14, n. 1, p. 275-313, 2013.

DE JAEGHER, H.; DI PAOLO, E. A. Participatory sense-making: an enactive approach to social cognition. Phenomenology and the Cognitive Sciences, v. 6, n. 4, p. 485-507, 2007.

FILL, A. Ökolinguistics: Eine Einführung. Tübingen: Gunter Narr, 1993.

FROESE, T.; DI PAOLO, E. A. The enactive approach: theoretical sketches from cell to society. Pragmatics & Cognition, v. 19, n. 1, p. 1-36, 2011.

GARNER, M. Language: An ecological view. Oxford: Peter Lang, 2004.

_____. Language ecology as linguistic theory. Kajian Linguistik dan Sastra, v.17, n. 33, p. 91-101, 2005.

HAUGEN, E. The Ecology of language. Stanford: Stanford University Press, 1972.

JÄRVILEHTO, T. The theory of the organism-environment system: I. Description of the theory. Integrative Physiological and Behavioral Science, v. 33, p. 321-334, 1998.

JÄRVILEHTO, T.; NURKKALA, V.-M.; KOSKELA, K. The role of anticipation in reading. Pragmatics & Cognition, v. 17, n. 3, p. 509-526, 2009.

LAMB, S. Pathways of the Brain: The Neurocognitive Basis of Language. Amsterdam: John Benjamins, 1999.

LAKOFF, G. Women, Fire, and Dangerous Things. What Categories Reveal about the Mind. Chicago: The University of Chicago Press, 1987.

MAFFI, L. (ed.). On Biocultural Diversity. Linking Language, Knowledge, and the Environment. Washington/ Londres: Smithsonian Institution Press, 2001.

MAKKAI, A. Ecolinguistics. ¿Toward a New **Paradigm** for the Science of Language? Londres: Pinter Publishers Ltd., 1993.

_____. Die Welt als Bewußtsein und Paraphrase: zur gesamtökologischen Fundierung des menschlichen Sprachverständnisses mit besonderer Rücksicht auf die Sprachphilosophie Wilhelm von Humboldts und ihre Relevanz für die theoretische Sprachwissenschaft des 21. Jahrhunderts. In: FILL, Alwin (org.) Sprachökologie und Ökolinguistik. Tübingen: Stauffenburg Verlag, 1996. p. 77-102.

MUFWENE, S. The ecology of language evolution. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.

_____. Language Evolution. Contact, Competition and Change. Londres: Continuum, 2008.

MÜHLHÄUSLER, P. Language of environment, environment of language: a course in ecolinguistics. Londres: Battlebridge, 2003.

NASH, J. Norfolk Island, South Pacific: An empirical ecolinguistic case study. AUMLA ”“ Journal of the Australasian Universities Language and Literature Association, v. 116, p.83-97, 2011.

_____. Insular Toponymies. Pristine Place-naming on Norfolk Island, South Pacific and Dudley Peninsula, Kangaroo Island. Amsterdam: John Benjamins Publishing, 2013.

NENOKI DO COUTO, E. K. Ecolinguística: um diálogo com Hildo Honório do Couto. Campinas: Pontes, 2013.

ROSCH, E. Reclaiming concepts. In: NUNEZ, R.; FREEMAN, W. J. (Eds.). Reclaiming Cognition. Thorverton: Imprint Academic, 1999.

SCHMALTZ, G. F. Por uma ecolinguística do imaginário: arco do amanhecer como metáfora de linguagem, inter-relação e meio-ambiente. In: NENOKI DO COUTO, E. K. N. et al. Antropologia do imaginário, ecolinguística e metáfora. Brasília: Thesaurus, 2014.

_____. Sobre a necessidade de pertencer: anotações para uma metodologia ecolinguística do imaginário. A sair.

SEUREN, P. M. Western Linguistics. An Historical Introduction. Oxford: Blackwell, 1998.

SPITZER, M. The mind within the net: Models of learning, thinking, and acting. Cambridge: MIT Press, 1999.

STEFFENSEN, S. V. Care and conversing in dialogical systems. Language Sciences, v. 34, n. 5, p. 513-531, 2012.

STROHNER, H. Die neue Systemlinguistik: Zu einer ökosystemischen Sprachwissenschaft. In: FILL, A. (org.). Sprachökologie und Ökolinguistik. Tübingen: Stauffenburg Verlag, 1996. p. 49-58.

Downloads

Publicado

2016-02-17

Como Citar

Albuquerque, D. B. de, & Schmaltz Neto, G. F. (2016). As contribuições das ciências cognitivas para ecolinguística. Ecolinguística: Revista Brasileira De Ecologia E Linguagem (ECO-REBEL), 2(1), 95–110. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/9901

Edição

Seção

Artigos