A linguagem da catira enquanto expressão do acaipiramento no nordeste goiano

Authors

  • João Nunes Avelar Universidade Estadual de Goiás

Keywords:

Catira dance; Acaipiramento in northeastern Goiás. Verbal language. Non verbal language.

Abstract

This article intends to examine the popular dance of Catira as an expression of adjustment to the natural, mental and social environments, in the rural region of the northern part of the state of Goiás, Brazil. The solidarity for corporative work in neighboring rural core can be expressed in cultural manifestations like these, according to the ecologicalinguistic concept of communion. Our purpose is to investigate this rural dance through bibliographic examination, searching for comprehension of this dance in the different cultural ecosystems of the micro-region of northeastern Goiás. Ecolinguistics, a discipline that studies the relations between language and environment, will be the theoretic support. The observation in loco will be of fundamental importance for an ethnographic investigation too. The interactions in the context are intense and diverse, including verbal and non-verbal components in a rich ecological composition of language.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

João Nunes Avelar, Universidade Estadual de Goiás

 Possui graduação em Letras (português-inglês) pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), mestrado em Linguística Aplicada pela Universidade de Brasília (UnB) e doutorado em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Professor efetivo há 28 anos da Universidade Estadual de Goiás (UEG), tem experiência na área de Letras, com ênfase em Línguas e Ecolinguística, atuando nas seguintes áreas: Ecolinguística, Estudos do Discurso, Comunicação Verbal e Não-verbal. Atualmente desenvolve dois projetos: 1. Pós-doutoramento na Universidade de Brasília (UnB) sob a supervisão do professor Dr. Hildo Honório do Couto com o tema: As Interações da Catira na região de Formosa (GO). 2. Projeto de pesquisa na Universidade Estadual de Goiás (UEG) com o tema: Uma Investigação Reflexiva de Anúncios Publicitários sob os Olhares da Análise do Discurso Ecológica (Texto informado pelo autor) Tese: Uma Visão Ecolinguística da Folia da Roça de Formosa (GO) A tese propõe a descrever e analisar a linguagem da manifestação popular da Folia da Roça, realizada na região de Formosa-GO na zona rural do referido município, com o foco voltado para os rituais que se desdobram em rezas e histórias de vida. É defendido que a linguagem da Folia da Roça conserva elementos antigos da tradição ibero-cristã, adaptados à realidade local frente às novas condições que ocorrem pelos processos de urbanização e globalização. Essas influências foram investigadas usando o arcabouço teórico ecolinguístico, disciplina que propõe o estudo da língua a partir do entrelaçamento entre os saberes da Linguística e da Ecologia, buscando descrever os processos interacionais nos quais essas categorias se manifestam. São também aspectos norteadores da tese verificar se os meios ambientes natural e social local têm alguma influência na linguagem das rezas; observar de que forma o latim eclesiástico é apropriado por pessoas que falam o português rural; investigar se os valores expressos no discurso desses protagonistas são consistentes com a sabedoria local ou refletem padrões importados da Península Ibérica durante a colonização, além de discutir e analisar a memória dos anciãos, das anciãs e parentes mais próximos nas rezas. Ao descrever e analisar a linguagem da folia, evidenciam-se adaptação e ressignificação do Catolicismo oficial aos ambientes natural e social nos quais esses protagonistas estão inseridos, além do fato de explicar que a ética religiosa ali presente eclodiu em uma conduta, resultado da necessidade de sobrevivência em uma região historicamente hostil, que se perpetuou nas interações de seus atores, transformando-se em importante e considerável manifestação da religiosidade popular. Palavras-chave: Cultura Popular Goiana. Ecolinguística. Folia da Roça. Formosa (GO). Linguagem das Rezas. Nome em citações bibliográficas: AVELAR FILHO, J. N.

References

BIRDWHISTELL,R.L. KinesicsandContext:EssaysonBodyMotionCommunication. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1970.

BERNARDES, C. Vida Mundo. Goiânia: Livraria Brasil Central Editora, 1966.

CÂNDIDO, Antônio. Os parceiros do rio bonito: estudos sobre o caipira paulista e atransformação dos seus meios de vida. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2010, 11ed.

COUTO, H. H. do. Ecolinguística: estudo das relações entre língua e meio ambiente.Brasília: Thesaurus, 2007.

_______. Linguística ecossistêmica. Ecolinguística: revista brasileira de ecologia elinguagem (ECO-REBEL), v. 1, n. 1, 2015, p. 36-62.http://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/15135/10836(acesso:13/11/16).

_______. Ecossistema cultural. http://meioambienteelinguagem.blogspot.com.br/, 2016(acesso: 20/11/16).126

COUTO, V. Festa do Divino Espírito Santo”“Folia da Roça.Formosa: Artes Gráficas Ribeiro, 2014.

DAVALLON, J. A imagem, uma arte de memória. In: ACHARD, Pierre et al. Papel damemória. Campinas: Pontes, 2011.

HALL. E. T. A dimensão oculta. São Paulo: Martins Fontes, 2005. Edição original em português Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977 (Edição original em inglês The Hidden Dimension.. Anchor Books, 1966).

JACINTHO, O. Esboço histórico de Formosa. Brasília: Academia de Letras e Artes do Planalto, 1979.

NUNES, M. de L. O. ‘Vida Mundo’ de Carmo Bernardes à Luz da Análise do Discurso Ecológica (ADE). In: COUTO, Elza; Albuquerque, Davi (orgs.). LinguísticaEcossistêmica & Análise do Discurso Ecológica ”“Teorias e aplicações. Brasília:Thesaurus, 2015.

PIRES, C. Conversas ao pé do fogo.São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1921.

RIBEIRO, D. O povo brasileiro: evolução e o sentido do Brasil. São Paulo: Cia dasLetras, 1995, 2.ª ed. 14.ª reimp.

SAPIR, Edward. Língua e ambiente. Linguística como ciência. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1969, p. 43-62.

TELES, J. R. Formosa no Caminho dos Missionários. In: Ideias Universitárias”“Revista da Universidade Estadual de Goiás (Unidade Universitária de Formosa), n. 1, 2004.

Published

2017-02-10

How to Cite

Avelar, J. N. (2017). A linguagem da catira enquanto expressão do acaipiramento no nordeste goiano. Ecolinguística: Revista Brasileira De Ecologia E Linguagem (ECO-REBEL), 3(1), 114–127. Retrieved from https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/10742

Issue

Section

Articles