Inconsciente coletivo e o arquétipo do Trickster: a circulação da imagem do Zé Pelintra na mídia para a representação da cultura brasileira

Autores

  • Diego Santos UFPR/ ECCOS
  • Hertz de Camargo UFPR/ECCOS

Palavras-chave:

Trickster. Zé Pelintra. Pathosformel.

Resumo

Como o arquétipo do Trickster sobrevive e ressurge dentro da mídia fazendo referência à cultura brasileira? Para responder esse problema, partimos da figura do Zé Pelintra, o trickster da Umbanda brasileira e representação de malandragem, trapaça, boemia e safadeza. Conforme a metodologia Warburguiana (2010), símbolos fortes ressurgem na arte devido ao caráter do pathos, o que ele chama de pathosformel. Utilizaremos o estudo de figuras da mídia brasileira que estabelecem a relação direta com a malandragem, fazendo uma análise do arquétipo do Trickster e a concepção das pranchas de imagem para estabelecer a forma de sobrevivência do arquétipo no inconsciente coletivo brasileiro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Diego Santos, UFPR/ ECCOS

Bacharel em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestrando em Comunicação no Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Paraná. Bolsista CAPES/DS. Integrante do Grupo de Pesquisa ECCOS - Estudos de Comunicação, Consumo e Sociedade.

Hertz de Camargo, UFPR/ECCOS

Doutor em Estudos da Linguagem (Universidade Estadual de Londrina - UEL); Mestre em Educação, Conhecimento, Linguagem e Arte (Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP); Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Paraná (PPGCOM/UFPR); Professor do curso de Publicidade e Propaganda da UFPR. Líder do grupo de Estudos em Comunicação, Consumo e Sociedade (ECCOS-UFPR). Orientador da Pesquisa.

Referências

AUGRAS, Monique. Zé Pelintra, patrono da malandragem. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Negro Brasileiro Negro, nº 25, p. 43-49. Rio de Janeiro: IPHAN, 1997.

ASSUNÇÃO, Luiz. O reino dos mestres: A tradição da jurema na umbanda nordestina. Rio de Janeiro: Pallas, 2010.

BERGSTEIN, Tânia. Tânia Bergstein: depoimento [out. 2018]. Entrevistador: Hertz Wendel de Camargo. Curitiba, Terreiro de Umbanda Vovó Benta, 2018. Entrevista concedida ao projeto “Etnografias urbanas: mitos, consumo e narrativas contemporâneas” do PPGCOM-UFPR.

CACERES, Guillermo; FERRARI, Lucas; PALOMBINI, Carlos. A Era Lula/Tamborzão: política e sonoridade. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 58, p.157-207, jun. 2014.

DANDARA; LIGIÉRO, Zeca. Iniciação à umbanda. Rio de Janeiro: Pallas, 2013.

DEALTRY, Giovanna. Malandragem na literatura e no samba. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2009.

DRAVET, Florence; CASTRO, Gustavo de. O imaginário do mal no cinema brasileiro: as figuras abjetas da sociedade e seu modo de circulação. E-Compós, 2014.

DRAVET, Florence. Corpo, linguagem e real: o sopro de Exu Bará e seu lugar na comunicação. Ilha do Desterro. v. 68, nº 3, p. 015-025, Florianópolis, set/dez 2015.

FERNANDES, Cassio. Aby Warburg entre a arte florentina do retrato e um retrato de Florença na época de Lorenzo de Medici. História: Questões & Debates, Curitiba, n.41, p. 131-163, 2004.

GAIMAN, Neil. Deuses americanos. Edição preferida do autor. Trad.: Leonardo Alves. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2016.

GELUSSI, Marianna. La sccultura dipita: disegni e deduzioni dai sarcofagi nel Quattrocentro. In: CENTANNI, M. (ed.) L’Originale assente: introduzione allo studio della tradizione classica. Milano: Bruno Mondadori, 2005. p. 405-422.

HYDE, Lewis. A astúcia cria o mundo. Trickster: trapaça, mito e arte. Trad.: Francisco R. S. Innocêncio. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.

JUNG, C. G. Os Arquétipos e o inconsciente coletivo. Rio de Janeiro: Vozes, 2011.

Ligiero, Zeca. Malandro divino. Rio de Janeiro: Record, 2ª ed, 2010.

MORIN, E. Cultura de massas no século XX. v. 1. Neurose. Rio de Janeiro: Forense, 2007.

MOURA, Roberto. Prefácio in LIGIÉRO, Zeca. Malandro divino: a vida e a lenda de Zé Pelintra, personagem mítico da Lapa carioca. Rio de Janeiro: Record: Nova Era, 2004.

PRANDI, Reginaldo. Prefácio in CARNEIRO, João Luiz. Religiões afro-brasileiras. Uma construção teológica. Petrópolis: Vozes, 2014.

ROCHA, Everardo. Magia e capitalismo: um estudo antropológico da publicidade. São Paulo: Brasiliense, 2010.

SOARES, Thiago. Percursos para estudos sobre a cultura pop. In SÁ, Simone Pereira de; CARREIRO, Rodrigo; FERRAZ, Rogério (Orgs.). Cultura pop. Salvador: EDUFBA, 2015.

THOMPSON, Robert Farris; CORNET, Joseph. The four moments of the sun: Kongo art in two worlds. Washington, DC: National Gallery of Art, 1981.

WARBURG, Aby. A Renovação da Antiguidade Pagã. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.

WARBURG, A. L’Atlas Mnémosyne. Paris: L’écarquillé, 2012.

Downloads

Publicado

2021-12-29

Como Citar

Santos, D. ., & Camargo, H. de . (2021). Inconsciente coletivo e o arquétipo do Trickster: a circulação da imagem do Zé Pelintra na mídia para a representação da cultura brasileira. Ecolinguística: Revista Brasileira De Ecologia E Linguagem (ECO-REBEL), 7(3), 152–164. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/41400

Edição

Seção

Artigos