Meio ambiente da língua brasileira de sinais e seu registro gráfico

Autores

  • Cláudio Alves Benassi Universidade Federal de Mato Grosso
  • Anderson Simão Duarte Universidade Federal de Mato Grosso
  • Simone de Jesus Padilha Universidade Federal de Mato Grosso

Palavras-chave:

Visografia. Ecolinguística. Libras. Meio ambiente linguístico. ELiS.

Resumo

Este trabalho apresenta um estudo feito por Claudio Alves Benassi, da Universidade Federal de Mato Grosso, sobre a Libras, seu meio linguístico e um sistema de grafia proposto por esse pesquisador. Ressaltamos que essa escrita está sendo chamada, provisoriamente, de Visografia. Esse sistema apresenta apenas 62 caracteres distribuídos em quatro grupos visonéticos que representam alfabética e graficamente os cinco parâmetros das Línguas de Sinais (LS). A elaboração da Visografia justifica-se pelo fato de existirem, no Brasil, três outros sistemas de escrita de língua de sinais e nenhum deles se fixarem no registro gráfico da LS. Os resultados apontam para a viabilidade desse sistema tanto na grafia quanto na leitura da LS.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cláudio Alves Benassi, Universidade Federal de Mato Grosso

Cao Benassi (em arte) é doutor em Estudos de Linguagens e mestre em Estudos de Cultura Contemporânea, pela Universidade Federal de Mato Grosso. É docente do curso de Licenciatura em Letras-Libras. Idealizou e fundou a Revista Diálogos (RevDia) ISSN 23190825 Qualis CAPEs B2, da qual é editor gerente. É fundador da revista acadêmica discente online Revista Falange Miúda (ReFaMi) ISSN 2525-5169 da qual é editor gerente e coordenador. Realizou uma aproximação da música com pensamento bakhtiniano, sob orientação do professor Dr. Roberto Victorio. Desenvolve conceitos na área musical, tais como, musicar, musicagem, musigagística, musicagista, além dos conceitos convergência, divergência, insurgência e seus desdobramentos na linha de força intitulada "Estética do ser". Desenvolve o Sistema Harmônico Numerológico Pitagórico (SHNP) ou Tratado de Harmonia Numerológica Pitagórica (THNP). Também desenvolve o sistema de escrita da língua de sinais, chamado VisoGrafia. Participa dos grupos de pesquisa Relendo Bakhtin (REBAK), do Núcleo de Estudos de Composição e Interpretação da Música Contemporânea e REBAK SENTIDOS. Pós-graduado em LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais, pesquisando os sinais da área musical. Graduado em música pela mesma universidade (2011). Estudou composição com os professores Roberto Victorio, Ticiano Rocha e Cristina Dignart. Estudou flauta doce com a professora Marília Cortez e atualmente está sob orientação de Renata Pereira. Na III Semana de Capacitação de Professores Suzuki, promovida pela Associação Musical Suzuki de São Paulo, cursou Filosofia Suzuki com Shinobu Saito e Flauta doce - Livro 1 com Mary Waldo. Tem experiência em composição musical, tem conhecimento em performance musical, nos instrumentos: flauta doce e flauta doce Boehm (transversa adaptada), além de ter atuado na docência de música e história da arte.

Anderson Simão Duarte, Universidade Federal de Mato Grosso

Doutor em Educação - Processo de aprendizagem da Língua Portuguesa como L2 pelo estudante Visual (surdo). Mestre em Estudos Linguísticos - Material didático e Empréstimos Lingüísticos da LIBRAS. Formador de profissionais e/ou educadores no processo de aprendizagem e/ou comunicação da LIBRAS. Professor Adjunto I - DE na UFMT campus Rondonópolis. Pesquisador na área da Educação Inclusiva. Autor dos conceitos "VISUAL" e "Metáforas Criativas". Vasta experiência na área linguistica da Educação Inclusiva. Proficiente no uso e ensino, nível superior da Língua de Sinais Brasileira - LIBRAS, habilitação expedida pelo MEC / UFSC - PROLIBRAS. Pesquisas e atividades profissionais e sociais com a comunidade VISUAL ( surda) nas séries iniciais e creches. Líder do Grupo de Pesquisa CAPEs/CNPQ : "Rebak Sentidos - Relendo Mikhail Bakhtin" e " Línguas de Sinais no Círculo de Bakhtin". Contato: anderson.ufederal@gmail.com

Simone de Jesus Padilha, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui graduação em Letras Licenciatura Plena Português/Inglês pela Universidade Federal de Mato Grosso (1988), mestrado em Educação Pública na Área de Linguagem pela Universidade Federal de Mato Grosso (1997) e doutorado em Lingüística Aplicada aos Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica (2005). Atualmente é parecerista da Revista Polifonia (UFMT), da Revista Bakhtiniana e da Revista RevLEt, e Professora Associada da Universidade Federal de Mato Grosso, Departamento de Letras e Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagem. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Lingüística Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: estudos bakhtinianos, avaliação de livros didáticos, ensino-aprendizagem de língua materna, professor de língua portuguesa, gênero do discurso e gêneros poéticos, olimpíada de língua portuguesa. É lider do Grupo "Relendo Bakhtin" - REBAK

Referências

BAKHTIN, Mikhail. O plurilinguismo no romance. In.: BAKHTIN, Mikhail. Questões deliteratura e de estética. A teoria do romance. São Paulo: Hucitec, 2014, 7ª. ed.

BARRETO, Madson; BARRETO, Raquel. Escrita de Sinais sem mistérios. Belo Horizonte: Ed.do autor, 2012.

BARROS, Mariângela E. ELiS. Sistema brasileiro de escrita das línguas de sinais. Porto Alegre:Penso, 2015.

BENASSI, Claudio Alves. Além dos sentidos: a Escrita das Línguas de Sinais como uma propostade produção acadêmica do surdo. In.: Educação e seus jeitos de ler-escrever em meio a vida. Anaisdo Semiedu. Cuiabá: Universidade Federal de Mato Grosso. 2014. Disponível em http://sistemas.ufmt.br/ufmt.evento/Site.aspx?conteudoUID=182&eventoUID=59, 2016 (acesso: 20/08/2016).

______. Formação de docentes de Escrita das Línguas de Sinais (ELiS). Falange Miúda. v. 1, n.1,2016.Disponívelemhttp://www.falangemiuda.com.br/edicaoatual/,2016(acesso:20/08/2016).

______; DUARTE, Anderson Simão; PADILHA, Simone de Jesus. Proposta de releitura doSignWriting e da ELiS.Falange Miúda, v. 1, n. 1, 2016. Disponível em http://www.falangemiuda.com.br/edicaoatual/,2016(acesso:20/08/2016).

______.; DUARTE, Anderson S.; SOUZA, Sebastiana A.; PADILHA, Simone de J. Das escritasde língua de sinais à escrita de língua de sinais. Primeiros suspiros da Visografia eivados peloSignWriting e pela ELiS. No prelo, 2016.

COUTO, Hildo H. Ecolinguística: estudo das relações entre língua e meio ambiente. Brasília:Thesaurus, 2007.

______. Análise do discurso ecológica. Disponível em: http://meioambienteelinguagem.blogspot.com.br/2013/04/analise-do-discurso-ecologica.html, 2013 (acesso: 06/06/2016).

LEITE, Maurycéia. Formação de docentes de Libras para a educação infantil e séries iniciais: a pedagogia numa perspectiva bilíngue. Revista Diálogos, v. 4, n. 1, 2016. Disponível em http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/3899(acesso: 20/08/2016).

MIRANDA, João Paulo V.; ANDRADE, Alliny de Matos F. Um olhar ecolinguístico sobre a semântica da Libras. In.: Caderno de resumos. III Encontro Brasileiro de Ecolinguística. Disponível em Disponível em http://ecolinguistica.net.br/wp-content/uploads/2016/08/III-EBE-2016-Caderno-de-Resumos-Schmaltz-Paulino-Couto.pdf(acesso:31/08/2016).

QUADROS, Ronice M.; KARNOPP, Lodenir B. Língua de sinais brasileira. Estudos linguísticos.Porto Alegre: Artmed, 2004.

STUMPF, Marianne. Escrita de Língua brasileira de sinais. Indaial: UNIASSELVI, 2011.

Downloads

Publicado

2017-02-10

Como Citar

Benassi, C. A., Duarte, A. S., & Padilha, S. de J. (2017). Meio ambiente da língua brasileira de sinais e seu registro gráfico. Ecolinguística: Revista Brasileira De Ecologia E Linguagem (ECO-REBEL), 3(1), 128–142. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/10743

Edição

Seção

Artigos