O Teatro: um duplo artístico ”“ tragédia e comédia em Acarnenses, de Aristófanes e no Auto da Compadecida de Ariano Suassuna

Autores

  • Francisco Jacson Martins Vieira SEDUC ”“ Secretaria de Educação do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.26512/dramaturgias.vi13.31063

Palavras-chave:

Aristófanes. Acarnenses. Ariano Suassuna. Auto da Compadecida. Duplos.

Resumo

Por ser uma arte que permanece há tantos séculos, o teatro desperta curiosidade acerca de seus primórdios, existindo várias conjecturas e teorias sobre o surgimento da Comédia Antiga como ambiente extremamente propício à formação de duplos, a partir de uma série de elementos presente no mito e culto do deus do teatro, Dioniso, no qual as vozes, os gestos e as máscaras são sobrepostas, como causa de equívocos e componentes centrais das invectivas pessoais ou intrigas, transformando-se em acessórios fundamentais para o discurso moralizante e para alcançar o objetivo maior do a(u)tor: a obtenção da paz em Acarnenses, de Aristófanes, e a absolvição no Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALBUQUERQUE Júnior, Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. São Paulo: Editora Saraiva, 2009.
ARISTÓTELES. Arte poética. BRUNA, Jaime (trad.). A poética clássica: Aristóteles, Horácio, Longino. 12. ed. São Paulo: Cultrix, 2005.
BATISTA, P. N. Novas proezas de João Grilo. São Paulo: Prelúdio, 1958. BELTRAMETTI, Anna. Le couple comique. Des origines mythiques aux déri- ves philosophiques. ESCLOS, Marie-Laurence (Dir.) Le rire des grecs: anthro- pologie du rire en Gré€ce ancienne. Grenoble: Editions JéroÌ‚me Millon, 2000. p.
215-226.
BERGSON, H. O riso: ensaio sobre a significação do coÌ‚mico. Trad. Nathanael
C. Caixeiro. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1987.
BRAIT, Beth (org.) Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 1985. BRANDÃO, Junito de Souza. Teatro grego”“ tragédia e comédia. 7. ed. Petrópolis:
Vozes, 1999.
DUARTE, Adriane da Silva. O dono da voz e a voz do dono: a parábase na comé-
dia de Aristófanes. São Paulo: Humanitas, 2000.
DUARTE, Adriane da Silva. “O velho e o novo em As rãs”. Revista Letras Clássicas.
São Paulo, n.14, p. 55, 2012. Disponível em: www.revistas.fflch.usp.br/le-
trasclassicas/index. Acessado em 15.07.2014
GONZÁLEZ. Mario M. A saga do anti-herói: estudo sobre o romance picaresco
espanhol e algumas de suas correspondências na literatura brasileira. São
Paulo: Nova Alexandria, 1994.
KOTHE, Flávio R. O Herói. São Paulo: Editora Ática, 2000.
MATOS, Geraldo da Costa. O riso e a dor no Auto da Compadecida. Rio de Janeiro:
Edufes, 2004.
NEMÉSIO, Vitorino. Gil Vicente, Floresta de Enganos. Lisboa: Inquérito, 1941. NIETZSCHE, Friedrich. O nascimento da tragédia. Trad. J. Guinsburg. São Paulo:
Companhia das Letras, 1992.
OLSON, S.D. Aristophanes Acharnians. Oxford University Press, 2002. POMPEU, Ana Maria César. Dioniso matuto; uma abordagem antropológica do coÌ‚mi-
co na tradução de acarnenses de Aristófanes para o cearensês. Curitiba: Appris, 2014. POMPEU, Ana Maria César; ARAÚJO, Orlando Luis de, PIRES, Robert Brose.
O Riso no mundo antigo. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2012. PROPP, Vladimir. Comicidade e riso. Trad. Aurora T. Bernadini, Homero F. de
Andrade. São Paulo: Ática, 1992.
SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 35. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2005. SUASSUNA, Ariano. Iniciação à estética. Recife: Universitária, 2001. TAVARES, Braulio. Tradição popular e recriação no ‘Auto da Compadecida. In:
SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. Rio de Janeiro: Agir, p. 191. 2004. VASSALLO, Lígia. O sertão medieval: origens européias do teatro de Ariano
Suassuna. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1993.
VICENTE, Gil. Auto da Barca do Inferno. Porto Editora. Coimbra, 2017. ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. 2. ed. Trad. Jerusa Pires Ferreira
e Suely Fenerich. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

Downloads

Publicado

2020-04-21

Como Citar

Jacson Martins Vieira, F. (2020). O Teatro: um duplo artístico ”“ tragédia e comédia em Acarnenses, de Aristófanes e no Auto da Compadecida de Ariano Suassuna. Dramaturgias, (13), 243–264. https://doi.org/10.26512/dramaturgias.vi13.31063